Arte grega: características e principais influências

Simetria, mitologia e valorização do ser humano: a arte grega é reconhecida até hoje por agrupar um extenso número de manifestações artísticas desenvolvidas pelo povo da Grécia Antiga que refletem não apenas a estética dos gregos, mas também a sua história e a sua filosofia.
Neste texto, vamos conhecer melhor as principais características da arte clássica grega e a influência que as obras e os artistas daquele período legaram a toda a civilização ocidental.
Vem com a gente?
É quase impossível falar de qualquer aspecto importante da cultura grega sem chamar a atenção para a mitologia. E nas artes isso não é diferente.
Apesar do povo grego ser composto por diferentes e inúmeras cidades-estados e ter tido contato direto com outras civilizações contemporâneas, sua rica mitologia influenciou amplamente as manifestações artísticas daquele período – em diferentes contextos e lugares.
Sendo utilizada como uma forma de expressão social e política, a arte grega frequentemente refletia os mitos da época ao mesmo tempo em que buscava representar a vida cotidiana dos homens comuns.
Essa dicotomia faz parte da própria mitologia da Grécia – a separação entre Deuses e heróis, entre figuras monstruosas e camponeses humildes.
Estátuas de deuses se misturam com pinturas que retratam as ações humanas em obras que valorizam a autonomia individual e a celebração humanística dos aspectos mais mundanos e corriqueiros.
De forma retroativa, a arte grega passou a ser tradicionalmente classificada em três períodos artísticos distintos: arcaico, clássico e helenístico. Conheça abaixo um pouco sobre cada um deles!
Atribuído ao período dos séculos VII e VI a.C., a fase arcaica abrange uma arte que passou a receber influência de outras civilizações, sobretudo do Oriente Próximo.
Conhecida por ser o início das famosas representações realistas de seres humanos e deuses através de esculturas grandiosas de pedras e bronze, a fase arcaica também contou com uma vasta pintura de vasos e cerâmicas.
Aqui, podemos destacar o gosto do povo grego pela decoração cada vez mais figurativa.
O período clássico da arte grega perdurou durante os séculos V e IV a.C., a chamada Era de Ouro da Grécia.
Neste momento, Atenas tinha se tornado a cidade-estado grega mais poderosa – o que só mudou com a morte de Alexandre, o Grande.
Nesta fase, o realismo chegou com força: nas pinturas e esculturas via-se um aprimoramento da forma e um aumento das representações narrativas.
As imagens dos deuses ganharam mais ênfase nas pinturas através da representação de cenas do cotidiano divino.
A cor vermelha passou a ser a preferida no desenho das figuras, deixando para trás o preto da fase anterior e dando espaço a detalhes cada vez mais elaborados e fidedignos.
Foi também nesse período que a escultura floresceu e o Partenon foi construído.
O período helenístico aconteceu entre os séculos III e II a.C., durante o reinado de Alexandre, o Grande – e perdurou depois da sua morte.
Ao mesmo tempo em que a cultura grega se espalhava por outras regiões, ela também recebia influências de muitos povos vizinhos (sobretudo por Roma, que depois chegou a dominar o território grego).
Na escultura, o naturalismo passou a se acentuar cada vez mais, deixando o idealismo dos corpos perfeitos um pouco de lado.
Na pintura, os eventos cotidianos e mitológicos deram espaço para paisagens, naturezas-mortas e animais – além de retratos faciais, conhecidos como Retratos de Fayum.
De modo geral, podemos traçar as características mais importantes da arte grega tomando como base as manifestações artísticas que mais se destacaram no território antigo; a saber, a escultura, a arquitetura e a pintura.
Entre as qualidades buscadas pelos artistas gregos, a simetria e a perfeição sempre se destacam.
Esculturas de corpos e pinturas de cenas cotidianas costumam misturar idealismo e realismo, com ênfase em traços sinuosos e busca por uma beleza aprazível – conceitos herdados da filosofia.
O corpo humano é muito valorizado, e as esculturas frequentemente eram inspiradas em modelos vivos (tudo para retratar o ser humano da forma mais fidedigna possível, apesar do desejo profundo em uma beleza ideal que esconde as “imperfeições” do mundo real).
Além das cenas de mitologia, o cotidiano do ser humano comum também aparecia com frequência nas pinturas, que tinham a cerâmica e as grandes paredes de construções as suas superfícies preferidas.
Como já dissemos anteriormente, as principais manifestações artísticas da Grécia antiga foram a escultura em mármore, a arquitetura de templos e a pintura em cerâmica.
Os famosos vasos gregos de cerâmica apresentavam narrativas de cenas domésticas e de trabalhos divinos e serviam não apenas como itens de decoração, mas também eram utilizados no dia a dia – para armazenamento de bebidas e alimentos e para transportar água.
As pinturas geralmente eram adornadas com muitos detalhes e costumavam seguir um padrão: figuras vermelhas ou douradas sobre um fundo preto ou branco e figuras pretas sobre um fundo vermelho. Como os pigmentos naturais não eram muitos, as tonalidades eram limitadas.
A arquitetura grega, por sua vez, é lembrada pela grandiosidade dos seus templos – que serviam tanto para a adoração aos deuses quanto para celebrações públicas.
Essas construções eram feitas seguindo cálculos geométricos e de perspectiva, que garantiam toda a simetria desejada.
Já a escultura grega é lembrada até hoje por enfatizar corpos (de deuses, de heróis e de atletas) perfeitamente esculpidos, onde a representação perfeita das silhuetas era o objetivo final.
Inicialmente, o mármore era o material mais utilizado: com ele, era possível conseguir posturas rígidas e muita simetria.
Com o passar do tempo, o bronze passou a fazer parte do trabalho dos escultores que buscavam estátuas com movimentos mais fluidos.
Quer um exemplo de realismo na arte? Passe um tempinho observando a escultura dos gregos antigos!
Conhecer mais sobre a arte grega é abrir um universo inspiracional quase sem fim.
As técnicas e os elementos estéticos criados pelo povo grego encantam gerações há séculos e influenciam movimentos artísticos famosos – como o Renascimento e o Iluminismo, só para citar alguns.
E você? Sentiu-se inspirado pelo legado da arte grega que se mantém viva até os dias atuais e segue impactando a produção artística? Esperamos que sim!
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Categorias: História da Arte