História da Arte

Arte clássica: o que é e legado deixado

Arte clássica: o que é e legado deixado

Equilíbrio, harmonia e busca pela perfeição estética: assim, em poucas palavras, podemos definir a arte clássica. Apesar das suas principais características não serem difíceis de serem reconhecidas, é preciso um pouco mais de atenção para explicar o seu surgimento e desenvolvimento.

Venha com a gente e conheça mais sobre o conceito de arte clássica: descubra como esse estilo surgiu e quais são os grandes mestres que esculpiram o classicismo como uma das principais formas de arte através dos tempos!

A essência da arte clássica: harmonia, proporção e beleza

Se quiséssemos ser estritamente rigorosos, a arte clássica teria que ser definida apenas como aquela feita na Grécia e em Roma nos tempos antigos. No Ocidente, consideramos historicamente que foi lá que a arte, como técnica e estética, começou a dar seus primeiros passos menos cambaleantes.

Mas no mundo da arte as coisas são um pouco mais livres (e, muitas vezes, também dúbias): a arte clássica pode ser considerada toda arte influenciada pelos preceitos de equilíbrio, harmonia e proporção. Esses preceitos, por sua vez, se ancoram nos ideais de beleza da Grécia e Roma antigas. Entendeu agora a conexão?

Com os olhos na Antiguidade Clássica e nas suas principais características, a arte de diferentes momentos da história – e feita com diferentes técnicas – pode ser considerada clássica. Basta, portanto, que busque replicar na sua execução a essência do período antigo.

Além da visão estética que valoriza a beleza e a simetria, o classicismo também toma como parâmetros as ideias apresentadas pelo racionalismo e o humanismo, que veem na figura humana um modelo de perfeição.

Pilares da arte clássica: arquitetura, pintura e escultura

Na arte clássica, podemos dizer que as formas de expressão artística mais fundamentais são três: a arquitetura, a pintura e a escultura. Expoentes de uma estética que dá valor à perfeição das formas básicas, elas são os pilares do mundo clássico – antigo e revisitado.

Na arquitetura, a simetria e a proporção aparecem de maneira marcante. O Partenon em Atenas e o Coliseu em Roma deixam esses princípios claros. Com colunas e arcos marcantes, as construções são imponentes, apesar de simples.

Já na pintura e na escultura, temos a forma humana representada com maestria. Elas se tornam artes notadamente representativas, onde a harmonia das proporções do corpo humano era enfatizada. Nas estátuas, heróis míticos e deuses tem contornos realistas, com uma expressão corporal e facial de tirar o fôlego.

Arte clássica versus arte moderna: principais diferenças

Contrapor arte clássica e arte moderna é um consenso quando o assunto é história da arte. Mas você sabe o que de fato diferencia ambos os processos artísticos? 

Em termos históricos de linha do tempo, podemos dizer que a arte moderna iniciou-se no século XIX e tem se perpetuado até hoje, em diferentes estilos. Ela se caracterizou mais notadamente no seu surgimento por propor uma ruptura com as tradições já estabelecidas. 

Enquanto na arte clássica a ideia central era retomar os valores estéticos da beleza greco-romana, na arte moderna isso era refutado: queria-se, antes, explorar tudo aquilo que era novo – formas de expressão, estilos, técnica e materiais. Na modernidade, o objetivo é questionar as regras e modificar as convenções artísticas.

Na transição da arte clássica para a arte moderna, movimentos artísticos se destacam. O expressionismo, o cubismo e o impressionismo trazem seus elementos subjetivos, que exploram de forma profunda a luz e as cores. 

Nas artes plásticas (como na escultura, na arquitetura e na pintura), é o momento de apresentar figuras abstratas e conceituais, e utilizar materiais menos tradicionais. Metal, plástico, vidro, concreto funcionam sozinhos ou misturados, criando esculturas super diferentes e espaços funcionais. 

Grandes mestres da arte clássica

Como já vimos, a arte clássica perpassou séculos, estilos e diferentes povos. É por isso que escolher os seus maiores nomes pode se tornar uma tarefa difícil – afinal, ninguém quer deixar de fora aquele mestre inesquecível, não é mesmo? Abaixo, listamos alguns dos artistas clássicos que marcaram muitas gerações.

Se Apeles é reconhecido como um dos maiores pintores da Grécia Antiga (século IV a.c.), nomes mais recentes também fazem parte do panteão da arte clássica. Leonardo da Vinci (1452 – 1519) com o seu estilo renascentista e Caravaggio (1571 – 1610) com seu charme barroco estão entre as figuras mais reconhecidas.

Dama com arminho, Leonardo Da Vinci
Dama com arminho, Leonardo Da Vinci

Na arquitetura, o italiano Andrea Palladio (1508 – 1580) inspirou-se na beleza e harmonia da arte greco-romana para fundar grandes obras-primas na cidade de Vicenza, na Itália. Sebastiano Serlio (1475 — 1554) e Leon Battista Alberti (1404 – 1472) também são figuras lembradas como expoentes da arquitetura clássica.

Com esculturas realistas (tanto anatomicamente quanto na expressão facial), Fídias (490 a.C.-430 a.c.) é considerado o maior escultor grego da era clássica. Tendo esculpido as estátuas de Atenas Partenon e de Zeus Olímpico, inspirou outros classicistas mais recentes, como Donatello (1386-1466) e Michelangelo Buonarroti (1475-1569).

Impacto histórico e cultura da arte clássica

Ainda há alguma dúvida sobre o impacto que a arte greco-romana antiga causou no Ocidente em termos estéticos e culturais? Imaginamos que não! 

Com o passar dos séculos, essa arte que prezava pela beleza, pelo equilíbrio e pela forma realista influenciou diferentes estilos e técnicas, culminando em movimentos artísticos como o renascimento e o neoclassicismo. Ao invés de ter congelado no tempo, a arte clássica foi se reinterpretando e se reconstruindo.

Até hoje, se observarmos com atenção a sociedade contemporânea – recheada com as suas contradições – vamos perceber elementos da arte clássica apontando aqui e ali. Uma reinvenção que não para.

Experimentar o clássico, construir um novo moderno

Se a arte clássica não existe mais, o seu legado continua aí, firme e forte. Observar e apreciar as grandes obras deixadas pelos artistas classicistas – dos gregos e romanos aos italianos do Renascimento – é um bom modo de acrescentar um pano de fundo ainda mais rico para a sua própria arte.

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