História da Arte

Conheça as ilusões de ótica nas obras de Op Art

exposição de op art

Quem nunca ficou deslumbrado pelos encantados de alguma ilusão de ótica? Pois saiba que existe um movimento artístico que baseia seus fundamentos justamente nessa mágica divertida: o Op Art! 

Fique com a gente e conheça um pouco mais sobre este estilo de arte que surgiu na segunda metade do século 20. Neste texto, abordaremos o surgimento do movimento, suas principais características e seus artistas essenciais.

O que são ilusões de ótica?

De crianças a adultos, as ilusões de ótica encantam a todos. Você lembra do que se trata? São aquelas imagens que nos pregam uma peça ao enganar a nossa visão. Geralmente elas nos fazem enxergar algo que não existe ou distorcem as figuras de modo que vemos as coisas de forma equivocada.

Algumas ilusões de ótica surgem naturalmente e outras são criadas. Sabe quando olhamos para um asfalto distante em um dia muito quente e vemos uma distorção ao longe, como o chão tremendo ou o céu refletido? Essa é uma ilusão natural que recebe o nome de Fata Morgana e acontece porque o ar quente, ao se aproximar do chão, faz com que a luz se reflita por completo.

Muitas das ilusões de ótica mais conhecidas são criações humanas feitas com o propósito de confundir o espectador. É o caso daquelas imagens que precisam ser observadas por um período mais longo de tempo até você perceber um elemento surpresa (como a centenária imagem do gato ou coelho!).

De qualquer forma, o fato é que as ilusões de ótica mexem – literalmente – com o sistema sensorial humano e é impossível passar por elas sem ser afetado. E é apostando nisso que a Op Art se consolidou como um movimento artístico importante e reconhecido.

exposição de op art

O que é a Op Art?

A Op Art. Arte Óptica ou Optical Art (em inglês) é um movimento artístico que usa da ilusão de ótica como seu principal fundamento na criação de obras de arte. É confundindo a visão humana através de estampas e grafismos que se modificam conforme os olhos enxergam diferentes pontos das imagens que este estilo ganhou força na metade da década de 50.

Diferente da Pop Art, que estimula o espectador a se conectar com suas obras através do reconhecimento de elementos populares, a Op Art aposta em obras com um apelo cerebral e sistemático. Seus traços principais, assim, atraem e afastam os amantes das artes na mesma medida.

Os elementos gráficos que pretendem representar um movimento contínuo são a principal marca do estilo, que teve seu início estimulado pela evolução da ciência e da física e pelo surgimento das cidades modernas e seu ritmo de vida agitado.

Leia também: Qual a importância da arte?

Como surgiu a Op Art?

O nome Op Art foi usado pela primeira vez pelo crítico e artista Donald Judd em uma análise da exposição “Pinturas Ópticas” do pintor Julian Stanczak. Porém, já na década de 30 as obras do artista e designer gráfico húngaro Victor flertavam com as características do movimento.

Historicamente, a exposição The Responsive Eye (em tradução livre, O Olho que Responde) que aconteceu em 1965 no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA) é considerada o auge do movimento. Nessa exposição foram expostas 123 esculturas e pinturas de vários nomes famosos, como Bridget Riley, Frank Stella e Jesús Rafael Soto.

A recepção da exposição na época foi dúbia: enquanto alguns adoraram, outros criticaram ferrenhamente. A principal crítica consiste em desacreditar a combinação entre arte e ciência

Características da Op Art

Algumas das principais características da Op Art são: 

  • Brincar com a falibilidade dos sentidos, sobretudo da visão, através das ilusões de ótica;
  • Transportar o espectador para “dentro” da tela através da união entre o movimento de sua composição e os olhos daquele que observa;
  • Um espectador que participa e não apenas observa;
  • Obras que dão a impressão de estarem em movimento ou vibrando;
  • Exploração do contraste entre o branco e o preto;
  • Trabalhos em três dimensões;
  • Utilização de formas geométricas simples geralmente combinadas; como círculos, quadrados, retângulos e triângulos;
  • Obras de arte conectadas com pautas defendidas pelos artistas;
  • Existência de imagens ocultas que apenas podem ser vistas de ângulos ou focalizações específicas.
exposição de op art

Quais os principais artistas do estilo Op Art?

Quer conhecer alguns dos principais artistas que fazem parte deste movimento? Veja abaixo alguns nomes que separamos para você!

Victor Vasarely (1908 – 1997)

Nascido na Hungria, Vasarely é até hoje considerado o precursor do Op Art. Seu trabalho mistura primorosamente figuras geométricas de diferentes tamanhos e formas com o objetivo de alcançar sensações de movimento e dinamismo no olhar do espectador persistente.

Em branco e preto ou coloridos, os trabalhos de Vasarely são abstratos e policromáticos, enfatizando a racionalização da produção mecânica e o cientificismo do século 20. Para que suas obras sejam adequadamente desfrutadas, o espectador precisa dar um passo além e transformar a si próprio em criador.

Bridget Riley (1931)

Artista nascida em Londres, Riley teve formação em Artes Plásticas e protagonizou a pintura britânica da década de 70. Seu estilo artístico é marcado pelo uso de listras que se sobrepõe a curvas onduladas e triângulos ou quadrados em repetição. 

Sua maior característica é a repetição e a tendência sequencial em branco e preto ou em tons vibrantes. Com isso, suas imagens conseguem um efeito ótico de vibração e ritmo.

Jesús Rafael Soto (1923 – 2005)

O venezuelano Jesús Rafael Soto ficou conhecido sobretudo pelas suas esculturas interativas chamadas de “penetráveis”. Essas obras possibilitam que o espectador passeie e interaja com elas, uma maneira direta de desafiar o espectador passivo

Gostou da ideia? Pois saiba que uma das obras de Soto, o “Penetráveis de Plástico”, faz parte do acervo do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. Que tal fazer uma visita e atravessar por entre os fios suspensos e translúcidos da obra?

Ivan Serpa (1923 – 1973)

Brasileiro do Rio de Janeiro, Serpa foi desenhista, gravurista e pintor. Sua obra possui aspectos concretistas e figurativistas, e o abstracionismo geométrico é seu traço principal. Rigor formal e experimentação fazem do artista um dos grandes nomes da arte brasileira.

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