Movimentos artísticos: tudo sobre o neoexpressionismo

Cores intensas, diálogo direto com a cultura de massas, valorização dos sentimentos, oposição evidente à arte burguesa. Você sabe de qual movimento artístico estamos falando? Isso mesmo, do neoexpressionismo!
Quer conhecer mais dessa corrente que surgiu no final da década de 70 na Alemanha e rapidamente se espalhou pelo mundo? Acompanhe nosso texto e descubra as principais características e os artistas fundamentais para o neoexpressionismo!
Uma resposta à Arte Moderna – concreta e minimalista –, que se manifestava sobretudo pela simplicidade e pelo design artístico, o Neoexpressionismo surgiu no final da década de 70 na Alemanha e se consolidou no decorrer da década de 80 pela Europa e Estados Unidos.
Na Alemanha ficou conhecido também como Neue Wild (em tradução livre, Novos Selvagens) e nos Estados Unidos foi chamado de Bad Painting (Pintura Ruim/ Pintura Suja). Influenciado pelo movimento artístico pós-moderno italiano da Transvanguarda, foi na área da pintura que o neoexpressionismo adotou seu uso figurativo de cores fortes e vibrantes.
Retomando manifestações notadamente expressionistas, as principais características dos artistas neoexpressionistas (sobretudo pintores) são as seguintes:
Confira abaixo uma lista com os artistas que melhor representam o movimento neoexpressionista e os seus principais atributos:
O artista plástico alemão Joseph Beuys, apesar de não ser considerado um neoexpressionista, faz parte da escola de vanguarda da década de 60 que impactou fortemente a criação dos artistas mais jovens. Suas experiências artísticas prezavam pela utilização de métodos, superfícies, além de performance, instalação, vídeo e escultura.
Entre suas obras mais famosas encontram-se Como Explicar Desenhos a uma Lebre Morta (1965) e O fim do século 20 (1982 – 1983).
Fortemente influenciado pelas consequências da Segunda Guerra Mundial, o alemão Georg Baselitz expressa na sua arte questões sobre a identidade nacional pós guerra. Sendo avesso à arte abstrata, reincorporou a representação da figura humana em suas obras, com especial destaque para a cabeça humana. Sua assinatura é a inversão: junto do simbolismo e de muita cor, as figuras de cabeça para baixo são sua marca registrada.
Big Night Down the Drain (1963), Bedroom (1975) e Victory Day (2003) são algumas das suas obras.
Artista alemão, Kiefer ficou conhecido mundialmente ao participar (junto de Georg Baselitz) da 39ª Bienal de Veneza, em 1980. Produzindo dentro de uma relação entre pintura, literatura e escultura, Kiefer combina diversas fontes e materiais. Aborda com primor as temáticas da guerra e do nacionalismo, bem como da integração entre memória e imaginário, religião e profano.
Utilizando-se de materiais não convencionais (como pastas de pigmento, chumbo e palha), cria sua arte em telas de grandes dimensões. Entre as principais, podemos ressaltar Margarethe (1981), que está ilustrando a capa do nosso artigo, e Dein aschenes Haar Sulamith (1981).
Norte americano, Schnabel é um dos artistas responsáveis pela expansão do neoexpressionismo nos Estados Unidos. Relacionando escultura e cinema com a pintura, traz nas suas obras uma mistura entre componentes da cultura popular e da cultura tradicional.
Na sua arte, trabalha com materiais nem sempre usuais: pasta de dente e pedaços de louça quebrada figuram entre os componentes exóticos. Paralelamente, é cineasta e já foi responsável por dois filmes biográficos de grandes pintores: Basquiat (de 1996), e No portal da Eternidade (2018) – um recorte ficcional da vida de Van Gogh.
Você já ouviu falar do termo “Bad Painting”? Criado nos EUA dos anos 70, o Bad Painting pode ser descrito como a consequência do neoexpressionismo alemão nos Estados Unidos.
Considerado um movimento artístico espontâneo que surgiu para questionar o antigo modo de fazer arte (em especial o minimalismo e a arte puramente conceitual), tornou-se amplamente conhecido quando a historiadora da arte Marcia Tucker organizou uma exibição com o mesmo nome do movimento no Novo Museu de Arte Contemporânea de Nova Iorque, em 1978.
Mas por que “pintura ruim”? O termo remete sobretudo ao estilo de um conjunto de obras sem grande rigor estético, onde a preocupação dos artistas desse movimento com uma suposta boa arte não se faz presente. Para muitos, as obras desses artistas eram desinteressantes e mal feitas, tanto tecnicamente quanto esteticamente.
Esses artistas, por sua vez, tinham como objetivo rejeitar os estilos artísticos tradicionais. Suas inspirações eram étnicas e urbanas. A cultura negra e a cultura hispânica se unia ao grafite e ao stencil para compor uma arte única e, também por isso, especial.
É impossível falar da importância e da amplidão do neoexpressionismo sem mencionar o artista americano Jean-Michel Basquiat. Integrante do que ficou conhecido como Bad Painting, Basquiat (1960 – 1988) viveu em Nova Iorque das ruas do Brooklyn e da sua arte urbana.
Conhecido por sua arte estilizada e vibrante que retrata a vida da metrópole, fez da anatomia humana a sua melhor figura. Com a ajuda da colagem e da escrita, compunha suas telas para além da simples pintura com tinta. Apesar de ter morrido com apenas 27 anos de idade, suas obras são reconhecidas e valorizadas até hoje.
Assim como os artistas do movimento neoexpressionista, você também pode deixar as obrigações estéticas da arte tradicional de lado e inovar.
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