Entender de mistura de cores é algo muito útil quando se pretende trabalhar com tintas nas atividades artísticas. Isso porque dificilmente você terá acesso a um número muito grande de tonalidades e, usando apenas as cores básicas, a sua criatividade pode ficar limitada.
Com apenas 5 cores, você consegue produzir uma infinidade de nuances e experimentar paletas que contemplem o seu trabalho em diferentes momentos. Mas, para isso, é importante entender o básico da teoria das cores, começando pelo círculo cromático.
E é esse o objetivo deste artigo. Vamos falar sobre as cores primárias, secundárias e terciárias, e as formas de expandir as suas possibilidades cromáticas, além de dar dicas quanto à mistura de cores com algumas tintas específicas. Acompanhe!
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O que é o círculo cromático?
Que tal falarmos primeiro sobre o que é a cor? Basicamente, a cor é a percepção visual que temos devido a absorção ou reflexão da luz sobre os corpos.
A luz branca, que é emitida pelo sol, é, na verdade, a mistura de todas as cores. Se a luz do sol é absorvida por um objeto e apenas a cor vermelha é refletida, dizemos que aquele objeto é vermelho. Se todas as cores são absorvidas, dizemos que o objeto é preto, que é a ausência de cor.
Para representar esse esquema de cores, desde as básicas até os diferentes desdobramentos possíveis, foi criado o círculo cromático.
Nele, são dispostas em um círculo as cores primárias, as secundárias e terciárias, podendo ser simples, ao conter apenas 12 cores, ou mais complexo, apresentando as milhares de nuances possíveis.
Classificação das cores
Cores primárias
No total, são 3 as cores primárias. Elas são assim chamadas porque dão origem a uma infinidade de outras cores a partir da mistura entre elas, com as secundárias, com o preto e o branco. As cores primárias são o vermelho, o azul e o amarelo.
Cores secundárias
As cores secundárias são produtos da mistura de duas cores primárias. Por isso, no círculo cromático, a cor secundária é disposta entre as suas cores de origem. Elas são o laranja (mistura do vermelho com o amarelo), o verde (mistura do azul com o amarelo) e o roxo (mistura do vermelho com o azul).
Cores terciárias
Já as terciárias são os produtos da mistura de cores primárias com secundárias, dando origem a novos tons. São 6 as cores terciárias: vermelho-alaranjado, vermelho-arroxeado, azul-esverdeado, azul-arroxeado, amarelo-esverdeado e amarelo-alaranjado.
Se você contou até aqui, percebeu que a soma entre as primárias, secundárias e terciárias tem como total 12 tonalidades. No entanto, ao mudar a proporção de cada pigmento na mistura de cores, você consegue obter milhares de nuances derivadas.
Além disso, ao incluir o preto na mistura, as cores ficam mais escuras, enquanto que, com mais branco, elas se tornam mais claras.
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Cores quentes
Além do impacto visual, as cores nos causam sensações. Por esse motivo, é comum a indicação de cada uma delas para propósitos diferentes, a depender da sensação que se pretende gerar ou intensificar nas pessoas que consomem determinada arte ou produto gráfico.
Entre as sensações mais básicas, está a de calor, geralmente produzida pelas cores vermelho, amarelo e laranja, além dos seus desdobramentos, como amarelo-alaranjado e vermelho-alaranjado. Por esse motivo, elas são chamadas de cores quentes.
Cores frias
Na direção oposta, inclusive no círculo cromático, estão as cores frias, ou seja, aquelas que trazem a sensação de frieza ou frescor. Elas são o azul, o verde e o roxo, além das cores terciárias produzidas por meio da mistura entre elas, o azul-esverdeado e o azul arroxeado.
Cores análogas
As cores análogas são aquelas que se encontram imediatamente próximas no círculo cromático. Um exemplo são as cores azul, azul-esverdeado e verde. Elas têm uma proximidade cromática, por isso, combinam, formando menos contraste.
Cores complementares
As cores complementares são as que se encontram em lados opostos no círculo cromático. Alguns exemplos são o vermelho e o verde, o amarelo e o roxo, e o azul e o laranja. Juntas, elas causam um efeito de alto contraste.
Cores monocromáticas
A combinação de cores monocromáticas é feita utilizando-se diferentes tonalidades da mesma cor, variando a luminosidade e a saturação.
São milhares as nuances de uma mesma cor, obtidas com o acréscimo de branco ou preto à tonalidade básica. As cores monocromáticas são muito fáceis de combinar, e passam uma imagem de sofisticação.
Mistura de cores e resultados: diferentes tipos de materiais
Mistura de cores e resultados com tinta guache
A lógica da mistura de cores será a mesma para todos os tipos de pigmentos, sempre levando em conta a formação do círculo cromático. Tomemos como exemplo a obtenção da cor laranja mais pura. O ideal é contar com a mesma quantidade de pigmento vermelho e amarelo.
Se a ideia é obter uma tonalidade mais saturada, a proporção de vermelho deve ser um pouco maior, enquanto que uma proporção maior de amarelo trará mais luminosidade à cor. Para obter tonalidades mais suaves, adicione branco à mistura.
A tinta guache é fácil de misturar, por ser à base de água. Certifique-se de que elas sejam da mesma marca, pois costuma haver uma variação entre os ingredientes de uma linha e outra, o que pode alterar a qualidade da mistura de cores.
Outra dica é misturar quantidades pequenas de tinta e ir ajustando até obter a tonalidade desejada. Isso evita desperdício de material
Mistura de cores e resultados com tinta aquarela
Diferente da tinta guache, que é opaca, a tinta aquarela tem mais brilho e transparência, aspecto que se intensifica ao ser diluída em água. Assim, se o desejo é obter mistura de cores uniformes, é preciso diluir cada pigmento separadamente e só depois juntar as duas misturinhas. Como dito no tópico anterior, você obtém tonalidades diferentes mudando a proporção de cada pigmento.
Mas, por ser transparente, é possível fazer outros tipos de misturas e obter outros resultados também interessantes. Se você pintar o papel com uma cor, esperar secar e em seguida pintar com a segunda cor sobre a primeira, você perceberá que é possível ver um pigmento através do outro, dando mesmo a impressão de camadas.
Já se você quiser compor um blend ou degradê, pode pintar duas cores distintas lado a lado, deixando um pequeno espaço sem tinta entre elas e, logo em seguida, usar o pincel para misturar os dois pigmentos puxando para o centro. Aqui, você precisa ser rápido, já que, por ser à base de água, a tinta aquarela não demora a secar.
Conheça os materiais artísticos da Artools
Agora, você pode colocar a mão na massa, exercitando a produção de cores secundárias e terciárias, experimentado diferentes proporções e descobrindo novas tonalidades.
Quem sabe você não cria uma paleta que tem a sua identidade? Para lembrar da mistura de cores que deu origem à sua paleta, você pode anotar num caderno, como uma espécie de receita, para poder replicar em outros momentos. Vale até deixar uma amostra da cor para ter como referência no futuro.
Aproveite para conhecer as linhas de tintas guache e aquarela da Artools, produtos ideais tanto para o estudante e entusiasta quanto para o artista profissional.
A linha Guache Pallete conta com 5 cores de tinta (branco, preto, ciano, magenta e amarelo) e é perfeita para fazer misturas de tons e obter uma infinidade de opções. As cores são vivas, fluidas e altamente pigmentadas. Vale a pena experimentar.
As tintas Aquarela Misci são brilhantes e vibrantes, possuem transparência, possibilitando a construção de diversas camadas de cor. Os kits estão disponíveis com 12 e 24 tonalidades.
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