História da Arte

Gustav Klimt: conheça mais sobre as obras do artista

Gustav Klimt: conheça mais sobre as obras do artista

Icônico, inconfundível e extravagante: Gustav Klimt foi um desenhista e pintor austríaco que misturou arte decorativa, corpos sensuais e altas doses de dourado em um trabalho artístico modernista que até hoje dá o que falar e embala as novas gerações.

Vamos conhecer mais sobre a vida e a obra desse artista simbolista que é um dos maiores nomes da Art Nouveau? Venha com a gente e entre no incrível mundo de Gustav Klimt!

Gustav Klimt - Esperança II (1907)
Gustav Klimt – Esperança II (1907)

Quem foi Gustav Klimt: uma introdução à vida do artista

Em 1962, no pequeno município de Baumgarten na Áustria, nascia Gustav Klimt. Segundo filho do casal Ernest Klimt e Anna Finster, Gustav teve uma infância humilde em uma família composta por vários artistas.

Desde cedo demonstrava sua proximidade com a pintura e o desenho e já aos 14 anos ingressou na Escola de Artes e Ofícios de Viena, onde estudou a arte clássica com afinco. Após concluir os estudos, ele e seu irmão começaram a decorar tetos e murais de teatros e palácios por encomenda.

Foi neste mesmo período que Klimt passou a produzir desenhos de retratos, que rapidamente se tornaram famosos entre a alta burguesia da região. 

Entre as pinturas famosas de interiores, podemos destacar o antigo Teatro Imperial de Viena e o teto do auditório da Universidade de Viena – aqui, pintou três grandes painéis com as figuras da Filosofia, da Medicina e da Jurisprudência; apesar da temática que parecia inofensiva, o pintor causou furor ao utilizar nudez e temas míticos.

Gustav Klimt - Medicina (1899)
Gustav Klimt – Medicina (1899)
Gustav Klimt - Jurisprudência (1899)
Gustav Klimt – Jurisprudência (1899)

Apesar de ter iniciado seu trabalho artístico influenciado pela arte ocidental clássica e academicista, Klimt queria mais. Ele queria experimentar novas formas e estilos. Para inovar e quebrar com os antigos paradigmas, juntou-se a um grupo de jovens artistas progressistas e fundou a famosa Secessão de Viena em 1897.

Amparados pela ideia de uma arte vanguardista e moderna, os artistas da Secessão protestavam contra as regras tradicionais da época. Seu objetivo era fazer arte através de uma abordagem internacionalista e integrada, onde a escultura, a pintura, a decoração e a arquitetura podiam andar juntas, de forma colaborativa. Eis aqui a base do estilo da Art Nouveau!

Em 1900, Gustav Klimt recebe o Grande Prêmio na Feira Mundial de Paris. Em 1910, participa pela primeira vez da Bienal de Viena. No ano seguinte, recebe o prêmio da Exposição Internacional de Roma. Quase uma década mais tarde, em 1917, Klimt é eleito membro honorário da Academia de Arte de Viena.

Gustav Klimt - O Abraço (1905)
Gustav Klimt – O Abraço (1905)

Características e estilo: a assinatura de Klimt na arte

As obras de Gustav Klimt não passam despercebidas. Quem já viu a sua famosa tela “O Beijo” (1908) – onde os contornos de um casal de namorados se misturam e o romance erótico entra em cena – sabe bem do que estamos falando. A sua assinatura artística perpassa gerações, deixando a marca da Art Nouveau pelo caminho.

Existem duas fases distintas que marcam nitidamente a carreira artística de Gustav Klimt. A primeira, conhecida como Histórico-Realista, tem características renascentistas, influenciada pela academia e pelo naturalismo do século XIX. Aqui, Klimt ainda estava preso às normas mais formais da arte clássica.

Tudo muda quando em 1897, com a fundação da Secessão de Viena. O Império Austro-Húngaro estava se esfacelando e era hora de acompanhar a história, inclusive nas artes. O ideário artístico conservador e classista passa a ser colocado em cheque pela art nouveau emergente.

Uma temática mais erótica e simbolista, a rejeição às proporções e à simetria, a preferência pelas figuras femininas delicadas e nuas e a adição de muito dourado: temos então a segunda fase artística de Gustav Klimt, a Fase Dourada.

Com obras de cunho decorativo e produção de muitos retratos, essa fase é carregada de erotismo, sensualidade e fluidez. Os fundos em tons dourados – geralmente feitos com folhas de ouro – adicionam bidimensionalidade às obras, que parecem transitar em uma ambientação quase sobrenatural. 

Principais obras de Klimt

As obras mais famosas de Klimt fazem parte da sua Fase Dourada. Apesar do reconhecimento do artista ter acontecido já na época, ele não foi imune às críticas. Devido à sensualidade, preferência pelas formas femininas e pelo tom decorativo, suas obras eram vistas como controversas.

Vamos conhecer algumas delas?

Judit I (1901)

Talvez você já tenha se deparado com essa famosa obra de Klimt por aí: com fundo dourado e cores fortes, ela retrata a personagem bíblica Judite segurando a cabeça decepada do general Holofernes. Os contornos e a expressão de Judite são sensuais, fazendo contato direto com o observador.

Um exemplo perfeito do uso do ouro e da temática erótica que seguiram Klimt por muitos anos de sua vida.

Retrato de Adele Bloch-Bauer (1907)

Gustav Klimt - Adele Bloch Bauer
Gustav Klimt – Adele Bloch Bauer

Encomendado por Ferdinand Bloch-Bauer, esse retrato da sua esposa Adele mede aproximadamente 138cm x 138cm e foi feito em óleo e folhas de ouro sobre tela. A composição possui os traços característicos da Fase Dourada de Klimt, com muitos detalhes decorativos e a figura em tons neutros e cintilantes.

O Beijo (1908)

Gustav Klimt - O Beijo
Gustav Klimt – O Beijo

Uma mulher e um homem parecem se fundir em um corpo só, enquanto um beijo apaixonado, delicado e potente acontece na cena. Com motivos florais e formas suaves, a mulher aparece ajoelhada enquanto é beijada pelo homem – o elemento ativo da obra –, aquele que, de pé, é quem beija.

Um dos quadros mais populares da pintura moderna, O Beijo tem uma aura de frescor e descolamento da realidade, o que talvez garanta o seu estendido sucesso. O tempo parece parar para que o amor romântico – erótico, mas sensível – se materialize no casal apaixonado.

O legado de Klimt na arte contemporânea

Gustav Klimt não faz sucesso só entre os amantes da pintura. Na arte contemporânea, suas telas inspiram desenhistas, modistas e ilustradores. Não é raro encontrar por aí um bordado, um cartão postal ou até uma capa de livro onde as formas e cores de Klimt tomam forma.

Pioneiro da Art Nouveau, com um estilo decorativo único e aberto à utilização de materiais não convencionais como as folhas de ouro, Klimt inspira outros artistas a inovar, experimentar e quebrar as regras da tradição. Movimentos como a Art Déco e a arte figurativa vêm na sua imagem um ícone a ser seguido.

Fazer arte também é quebrar as barreiras!

Valorizado pelo mercado, amado pelos vanguardistas, criticado pelos academicistas, Gustav Klimt encontrou no seu próprio estilo de pintura uma forma de expressar suas preferências e de colocar em voga temáticas muitas vezes controversas.

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