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Aquarela: conheça a história dessa técnica de pintura

Aquarela: conheça a história dessa técnica de pintura

Se você acompanha o blog, já deve ter visto por aqui alguns artigos sobre pintura aquarela, como o que dá dicas sobre como começar a experimentar

Sabemos como essa técnica é muito querida entre profissionais, estudantes e apreciadores da arte, tanto que ela faz bastante sucesso em redes sociais de fotos, como o Instagram e Pinterest, por exemplo.

Por isso, hoje viemos falar mais sobre a aquarela, contando um pouco de sua história, características e dando algumas dicas de conservação das tintas. Acompanhe!

Qual a origem da tinta e da técnica aquarela? 

É dito que a tinta aquarela, ou pelo menos a base do que viria a se tornar, surgiu no Egito, alguns séculos antes de Cristo. Era feita com goma arábica misturada a pedras e plantas trituradas, que funcionavam como pigmentos. O Livro dos Mortos, importante elemento religioso no Egito Antigo, seria um dos principais exemplos de obras com aplicação da pintura com tinta aguada. 

Dica: Pintura aquarela, por onde começar?

Desenvolvimento da tinta e da técnica aquarela 

Mas foi apenas no século XIII que a aquarela apareceu de fato como uma técnica de arte, algo mais próximo do que conhecemos hoje, com sistematização dos procedimentos de como usar a tinta à água para criar pinturas. 

Ainda na Idade Média, a aquarela era vista com preconceito por muitos artistas, considerada artesanal e pouco complexa, quando comparada à pintura à óleo, técnica mais popular na época.

No século XVII, na Europa, a pintura aquarela se tornou mais conhecida e utilizada, sendo estudada por jovens da época, sobretudo os que ingressariam na carreira militar, a fim de, se preciso, registrar a geografia do país.

Mas foi no século XIX que a aquarela se tornou bastante popular. Era muito utilizada por pintores que acompanhavam as expedições marítimas de países europeus às suas colônias. Esses artistas eram incumbidos de registrarem o que viam nas viagens.

No século XX, então, com mais variedade de tintas e mais conhecimento sobre a técnica, obras em aquarela passaram a aparecer em salões de arte.

Aquarela: conheça a história dessa técnica de pintura

Características da aquarela 

Composição

A composição da tinta aquarela pode mudar a depender do fabricante. No entanto, o mais comum é que ela seja composta por pigmentos minerais, orgânicos naturais ou orgânicos sintéticos; aglutinantes, para fixar a tinta no papel, geralmente goma arábica; agentes umectantes, como o mel, para reter água na mistura; e glicerina.

Propriedades

Cada tinta tem características específicas que as diferenciam das demais e nos permitem compor diferentes técnicas de pintura. A técnica de aquarela é facilmente identificável devido a composição do pigmento utilizado e como ele se comporta ao ser misturado à água e aplicado ao papel. As principais propriedades da tinta aquarela são:

Transparência e opacidade

No geral, as tintas aquarelas apresentam uma luminosidade, devido à sua transparência, que reflete o branco do papel. Mas algumas são mais transparentes e outras mais opacas, apresentando menor efeito de brilho. Geralmente, para trabalhar com sobreposição, é preferível usar tintas mais transparentes do que as mais opacas.

Capacidade de Adesão

Como o nome já diz, é a capacidade de um pigmento aderir mais ou menos ao papel. As tintas com menos adesão podem ser retiradas com um pedaço de pano ou pincel e, por isso, podem ser usadas em técnicas como o lifting, em que se tira o excesso de tinta de uma área para criar um efeito de luz na pintura. 

Permanência 

As tintas, quando expostas ao ar, ao calor e à luz, podem sofrer transformações com o tempo, como craquelamento ou, o mais comum, alteração nas cores. As pinturas aquarela também estão passíveis de sofrerem modificações, e a propriedade que mede essa possibilidade é a permanência. Os fabricantes costumam disponibilizar essa informação nas embalagens.

Categorias

As tintas aquarelas podem ser escolares, estudantis e profissionais, e é a finalidade e a qualidade dos pigmentos e demais ingredientes que determinam em qual categoria o produto se enquadra.

As escolares são voltadas para crianças que estão iniciando o contato com a arte e não precisam de uma tinta mais complexa. Geralmente, as tintas escolares são feitas de corantes e outros pigmentos mais em conta.

As tintas estudantis são mais recomendadas para pessoas que estão aprendendo e experimentando a técnica de aquarela, mas ainda não têm pretensões profissionais. Os ingredientes das tintas estudantis, ou semiprofissionais, são mais próximos das profissionais, mas mais baratos e com menos aditivos.

As tintas profissionais se destacam pela alta qualidade de seus ingredientes e o seu comportamento no papel, permitindo técnicas mais complexas e efeitos mais bonitos.

Quais os tipos de tinta aquarela? 

Os pigmentos aquareláveis costumam ser encontrados no mercado em 3 formatos diferentes: bisnagas, pastilhas ou lápis.

Aquarela em bisnaga

Formato mais utilizado por artistas profissionais, as bisnagas são melhores para quem deseja fazer pinturas grandes. Também são mais fáceis de porcionar e fazer misturas de cores. Elas precisam ficar sempre bem fechadas para evitar o ressecamento no tubo.

Aquarela em pastilha

A aquarela em pastilha é muito prática para quem gosta de levar o seu material para pintar em qualquer lugar. Para quem usa sketchbook e gosta de pintar em intervalos das aulas, ou no exato momento em que a inspiração surge, ela é uma mão na roda. 

Lápis de cor aquarelável

Os lápis de cor são ótimos para artistas com diferentes níveis de experiência, mas facilita o aprendizado para quem está começando agora. Com ele, é possível pintar com mais precisão a área desejada e passar o pincel molhado em seguida. Também são muito bons para levar para todo lugar.

Dica: Como conservar seus materiais de arte

Como conservar a tinta aquarela? 

Há pouco, demos a dica de manter as aquarelas em bisnagas bem fechadas para evitar o ressecamento da tinta. Isso porque, como elas são à base de água, tem uma evaporação mais rápida. Você até consegue reaproveitar a tinta, misturando a uma quantidade de água, mas se ela secar no tubo, fica muito mais difícil.

Quanto à aquarela em pastilha, um cuidado recomendado é evitar a exposição à luz e calor. Como dissemos antes, os pigmentos podem sofrer alterações, inclusive de cor, com o tempo. Também é aconselhado proteger da poeira, então, o melhor é que o material conte com uma embalagem com fecho ou tampa. Opaca, de preferência.

Já os lápis aquareláveis precisam ser cuidados como qualquer outro tipo de lápis: evitar quedas; usar apontadores de qualidade; e contar com uma embalagem resistente.

Aquarela: conheça a história dessa técnica de pintura

Aquarela da Artools 

Se você também ama aquarela e já pinta ou tem vontade de começar, conheça as linhas de pigmentos aquareláveis da Artools

A aquarela MISCI é uma linha de tintas que está disponível em conjuntos de 12 ou 24 tons. As cores são brilhantes e vibrantes e os pigmentos têm alta transparência, o que possibilita trabalhar com camadas. A Aquarela MISCI é recomendada tanto para profissionais quanto para estudantes e iniciantes da arte.

Outra opção é o Lápis de Cor Aquarell, que tem pigmentação densa, facilita o processo de aquarelar e dá mais precisão na mistura das cores. O lápis tem corpo hexagonal (mais conforto na pega) e é feito em madeira de cedro (maior resistência). Você encontra os lápis Aquarell em conjuntos de  24, 36, 60 e 100 cores. O kit vem em um estojo metálico e acompanha um pincel de cerdas naturais.

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