Nos primeiros anos da vida escolar, nós utilizamos aqueles cadernos para melhorar a aparência da escrita, sem saber que a caligrafia é uma arte muito antiga e muito valorizada por bastante tempo ao longo da história.
É claro que o que conhecemos na infância é uma das formas mais simples de escrever e o objetivo é aprender uma escrita legível que possa ser utilizada no dia a dia.
A caligrafia como arte vai muito além, contando com diversos tipos e técnicas específicas utilizadas com objetivos diferentes.
Continue acompanhando o texto para saber mais sobre a caligrafia e poder dar os primeiros passos nesse mundo tão rico e instigante.
A história da caligrafia
A caligrafia é uma arte visual onde o principal objetivo é escrever de forma elegante, harmoniosa e regular. Mas você conhece o significado da palavra “caligrafia”? Pois saiba que ele já diz bastante sobre essa técnica!
A palavra “caligrafia” vem do grego, da junção dos termos “kalos” (beleza) e “graphia” (escrita). Ou seja, se fossemos traduzir para o português, seria algo como “escrita bela”. Faz sentido, não é mesmo?
A história da caligrafia remonta à antiguidade. Ela vai além do simples ato de escrever, já que envolve o uso de técnicas apuradas e o desejo de uma expressão estética genuína.
Não se sabe ao certo quando a caligrafia surgiu, mas muitos indicam a China como o berço da arte de desenhar as letras para comunicar algo e evocar emoções, tendo se espalhado para a Coreia e o Japão.
Os árabes e os persas também são grandes calígrafos. Enquanto os primeiros utilizam-se dessa arte há muitos séculos para transmitir as mensagens do Corão – o livro sagrado dos muçulmanos –, os segundos fizeram da caligrafia um modo efetivo de escrever sua literatura e transmitir sua poesia.
No Ocidente, a caligrafia começou a ser utilizada nos mosteiros da Idade Média pelos monges copistas, que passavam horas copiando pilhas e pilhas de manuscritos religiosos e textos de alto teor cultural.
Os monges não só reproduziam as técnicas tradicionais de caligrafia, mas também utilizavam a iluminura, que até se aproxima de alguma forma do que entendemos como lettering misturado à pintura.
Por muito tempo, o aprendizado dessa técnica ficou restrito à Igreja, a membros de classes mais abastadas e, depois, a artesãos talentosos, que eram contratados para escrever documentos para famílias das classes mais altas.
À medida que o acesso à educação se ampliou, as técnicas de caligrafia também se popularizaram, e atualmente é fácil o acesso a cursos sobre os diversos tipos e aspectos dessa arte.
Para que serve a caligrafia?
A caligrafia vai muito além de um simples ato de escrever com uma letra bonita. Essa prática ancestral é uma verdadeira terapia criativa, que oferece uma série de benefícios tanto físicos quanto mentais para quem decide explorá-la.
Um dos principais objetivos da caligrafia é proporcionar uma experiência de autoconhecimento, onde o foco e a concentração estão no centro da atividade.
Dedicar-se a criar letras e formas harmoniosas ajuda a aprimorar a coordenação motora fina, sendo especialmente útil para crianças e idosos, mas também beneficia qualquer pessoa que deseje desenvolver maior precisão nos movimentos.
Outro ponto interessante é a redução do estresse. Essa experiência de presença mental ajuda a diminuir a ansiedade e a relaxar, sendo uma forma de autocuidado acessível e profundamente prazerosa.
A prática regular da caligrafia ainda estimula a paciência e a resiliência, qualidades que transferimos para outras áreas da vida. Com o tempo, é possível perceber uma evolução nas próprias habilidades, o que traz um sentimento de realização e autoconfiança.
Para muitas pessoas, a caligrafia se torna ainda uma válvula de escape criativa e uma oportunidade de expressar individualidade e estilo pessoal.
Quais os principais tipos de caligrafia?
Ao redor do mundo, existem diversos tipos de caligrafia. Como veremos a seguir, algumas são derivações de outras, que vão surgindo ao longo do tempo. Das técnicas existentes, destacamos 3 aqui: a caligrafia inglesa, a comercial e a ronde.
Inglesa
Com forte influência da caligrafia irlandesa, a inglesa era ensinada por missionários católicos, no passado. Tem como principais características a inclinação à direita, variação entre traços finos e mais grossos na mesma letra, e floreios, como linhas que dão voltas significativas, principalmente nas letras maiúsculas que iniciam as frases.
Comercial
Apesar de todos os tipos de caligrafia passarem por mudanças ao longo do tempo, a comercial, mais utilizada na atualidade, foi a que mais perdeu o aspecto artístico e decorativo, quando comparado com as demais.
Ronde
A caligrafia ronde (que vem da palavra redondo) tem origem no século XVII, na França. Como o seu nome já anuncia, a sua principal característica é o formato redondo, uma vez que as letras são baseadas em um círculo inscrito em um quadrado. Ela não apresenta inclinação, como a caligrafia inglesa.
Caligrafia ou lettering? Entenda as diferenças
Embora tanto a caligrafia como o lettering sejam artes que lidam diretamente com técnicas de escrita, elas não são iguais.
Apesar do uso das letras, a técnica de lettering se aproxima mais do desenho e não há uma regularidade e rigor, como o exigido pela caligrafia.
O letrista pode, inclusive, criar as suas próprias fontes e utilizar de outros elementos gráficos que não a escrita.
Quais os materiais necessários para fazer a caligrafia?
Para começar a treinar caligrafia, um lápis, caneta comum e papel já funcionam bem. O uso da régua, para marcar os espaços que serão ocupados pelas letras, também é recomendado.
À medida que se evolui, aconselhamos buscar por um papel com gramatura a partir de 140g, além de canetas do tipo brush ou pincel redondo, para treinar e reproduzir as técnicas de variação de traço, canetas de ponta fina, para compor detalhes e letras de forma, e tinta nanquim ou aquarela para finalizar o combo.
Com isso você já consegue dar grandes passos na sua jornada como calígrafo.
Como treinar caligrafia?
Os primeiros passos na caligrafia podem parecer complicados, mas com alguma persistência e as dicas certas esse processo fica muito mais tranquilo.
Primeiro de tudo, não tenha medo de errar. É treinando que aprendemos e o treinamento, claro, envolve erros.
Para esse início, o ideal é começar com um material de qualidade, mas que não extrapole o seu orçamento. Um caderno pautado e uma boa caneta preta já são ótimos investimos!
Treine bastante a sua coordenação motora fazendo linhas, círculos, variando a intensidade do traço e tentando reproduzir as letras. Não se apegue demais em reproduzir técnicas avançadas. Vá com calma e comece do início.
Sabemos que a beleza da caligrafia está em manter uma constância e regularidade no formato das letras, mas pegue leve com você no começo. As letras minúsculas – sobretudo as vogais – costumam ser mais fáceis de reproduzir, então comece por elas. Só depois passe para as maiúsculas e as consoantes mais cheias de curvas e adornos.
Quando você estiver conseguindo reproduzir as letras separadas com facilidade, é hora de treinar a ligação entre elas e formar as palavras.
E não se esqueça: a dica de ouro é repetir, repetir e repetir. Nesse caso, não há dúvidas que a repetição faz a perfeição!
Onde encontrar inspiração
Se tratando de arte, uma das melhores dicas para começar é se inspirando em quem já é ótimo na técnica desejada. Não seria diferente com a caligrafia.
Busque por modelos que você possa reproduzir no início, começando pelo mais simples e aumentando a complexidade com o tempo.
Graças a internet, hoje temos bastante material para ajudar quem está dando os seus primeiros passos. Existem muitos vídeos no YouTube e perfis no Instagram abordando o tema.
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Enquanto o lápis permite que os erros sejam facilmente corrigidos, a caneta tem ponta firme que auxilia na feitura de um traço ainda em desenvolvimento.
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