História da Arte

Auguste Renoir: vida e obra do artista impressionista

Auguste Renoir: vida e obra do artista impressionista

Importante expoente do movimento Impressionista, Auguste Renoir retratou como poucos a sociedade francesa em cenas despretensiosas, coloridas e com uma luz única. Ousado e detalhista, fez sucesso ao representar nus femininos e a plasticidade dos corpos.

Vamos conhecer um pouco mais a vida e a obra de Renoir? Venha com a gente e conheça suas principais influências e como o seu estilo e a sua técnica contribuíram para o movimento Impressionista.

Quem foi Auguste Renoir? Uma introdução à vida do artista

Nascido na região central da França no ano de 1841, Auguste Renoir era filho de alfaiates. Com 4 anos de idade, muda-se para Paris com os pais e os quatro irmãos. Ainda menor de idade, começou a trabalhar em uma fábrica como pintor aprendiz de porcelana.

Nesse período de pintor aprendiz – que durou cinco anos – visitava com frequência galerias de arte e museus durante seus horários de almoço. Com 21 anos, em 1862, ingressou na Escola de Belas Artes de Paris.

Ao mesmo tempo, passou a frequentar a escola particular de pintura de Charles Gleyre. Foi ali que aprendeu a respeitar a importância do desenho ao ar livre, traço que fará parte de sua dinâmica de pintura por toda a vida. 

Também foi nesse período que conheceu outros artistas importantes, como Monet, Sisley e Bazille. Juntos, formavam um grupo que se reunia com regularidade para conversar sobre arte; a semente do Impressionismo estava sendo, aos poucos, plantada.

Com a chegada da Guerra Franco-Prussiana, o pintor é convocado a servir o exército. Logo que chegou lá, adoeceu e foi dispensado. Em abril de 1974, Renoir e seus colegas artistas montam a primeira exposição Impressionista, onde ele exibe seis pinturas. A partir daí, o movimento artístico com o mesmo nome passa a ganhar fama.

Em 1890, casou-se com a costureira e modelo Aline Charigot, com quem teve três filhos. A partir daí, passa a perseguir novos estilos e busca inspiração em lugares diferentes dos usuais – como em viagens para a Espanha, a Argélia e a Itália. 

Estima-se que por volta de 1892, o pintor desenvolveu uma artrite reumatóide, doença que o acompanhou pelo resto da vida. A partir de 1897, passa a ter dificuldade de mobilidade e desenvolve deformidades em suas mãos e no ombro, o que obriga suas técnicas de pintura a sofrerem modificações.

Apesar da doença e das dores que o acompanharam nos seus últimos 20 anos de vida, pinta e esculpe até sua morte. Em 3 de dezembro de 1919, Auguste Renoir faleceu na costa mediterrânea francesa.

As influências de Renoir para criar

Seu primeiro grande professor, Charles Gleyre, foi também uma das suas primeiras influências. Entre os pintores conhecidos do período, Renoir admirava sobretudo as obras e o estilo de Eugéne Delacroix e Edouard Manet. 

Na sua fase mais impressionista, nota-se uma leve influência da pintura clássica, mas o que vigora mesmo são as pinceladas mais soltas e a luminosidade e o movimento das cores. Mais tarde, a partir de 1880, Renoir busca novas inspirações em novos lugares e se distancia, pouco a pouco, do movimento impressionista.

Em uma viagem à Itália, se encanta pelas pinturas de Rafael e de Ingres. O estilo renascentista, muito mais formal e detalhista, passou a fazer parte do seu trabalho e as pinceladas secas tomam as suas pinturas.

Renoir e Impressionismo: contribuições do artista ao movimento

Para Renoir e os amigos que conheceu no estúdio de Charles Gleyre – como Claude Monet, Alfred Sisley e Frédéric Bazille – a beleza precisava ter um lugar na arte. Deixando o realismo de lado e rompendo com as regras da academia, os impressionistas queriam que cada obra falasse por si mesma.

Com pinceladas soltas, atenção voltada ao uso da luz e do movimento, pinturas ao ar livre e cores luminosas, os artistas protagonistas do Impressionismo queriam retratar a vida cotidiana e mudar a forma de encarar as artes plásticas daquele período

O estilo e técnica de Renoir

Com suas cores vibrantes e suas cenas ao ar livre, Renoir foi um dos grandes expoentes do movimento Impressionista. 

Entre as principais características das pinturas do artista, podemos destacar as pinceladas mais soltas e livres, o uso de cores luminosas, a busca por captar os elementos observados na natureza e as texturas quase sempre harmônicas. Apesar de ter trabalhado com outras técnicas, o óleo sobre tela foi sua forma de pintura principal.

Entre seus principais motivos de pintura, encontramos as cenas do cotidiano, as formas humanas – com ênfase nos nudes femininos – e paisagens naturais. Quem vê um quadro de Renoir frequentemente se sente invadido pela beleza e pelo movimento que só sua leveza da vida diária é capaz de captar.

Principais pinturas de Auguste Renoir

São várias as obras de Renoir que foram – e ainda são – aclamadas pela crítica artística e pelo público. Abaixo, trazemos três exemplos para você ficar com ainda mais vontade de conhecer esse artista de perto!

Dança no le Moulin de la Galette, Renoir
Baile no Moulin de la Galette (1876)

Baile no Moulin de la Galette (1876)

Uma das obras mais icônicas de Renoir, Baile no Moulin de la Galette é a representação ideal da pintura impressionista. A pintura retrata uma tarde de domingo no famoso ponto de encontro em Paris. 

Para compor a cena despojada e jovial, amigos e familiares do artista posaram como modelos. Feita ao ar livre, a pintura é cheia de luminosidade e brilho, além de pinceladas rápidas e traços fluidos. O objetivo é claro: passar a sensação de nós mesmos, espectadores, estamos dentro desta tarde ensolarada!

O almoço dos Barqueiros, Renoir
O Almoço dos Barqueiros (1881)

O Almoço dos Barqueiros (1881)

Com formas mais definidas e uma inspiração que vinha dos pintores clássicos, O Almoço dos Barqueiros é um exemplo de um Renoir mais maduro, que busca pouco a pouco se afastar das delimitações impressionistas. 

Nesta tela, temos retratos de conhecidos, uma cena ao ar livre e muitos objetos de natureza morta – como a mesa posta com garrafas de vinho, frutas diversas e a bagunça de quem está fazendo uma refeição entre amigos. 

Meninas no piano, Renoir
Garotas ao Piano (1892)

Garotas ao Piano (1892)

Encomendada pelo governo francês para o Museu de Luxemburgo, Garotas ao Piano (também conhecida como Duas Moças ao Piano) possui cinco versões diferentes. Em uma cena doméstica do dia a dia, duas meninas tomam notas de piano juntas.

As duas figuras são compostas com pinceladas fluidas e cores bem luminosas, 

sendo o destaque central da tela. 

Leveza e precisão: os traços de Renoir

Para Auguste Renoir, a pintura devia retratar a beleza que nos cerca. E, para isso, é importante prestar atenção à natureza e às cenas banais – aqueles pequenos momentos do cotidiano que, muitas vezes, passam despercebidos. 

Apesar de seguir essas premissas, Renoir sempre se reinventou. Suas viagens a diferentes lugares do mundo e seu interesse pela arte que veio antes dele fez com que o artista francês flutuasse por diferentes estilos e se reinventasse para além do movimento Impressionista.

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