História da Arte

Art Déco: conheça mais sobre esse estilo de arte

Art Déco: conheça mais sobre esse estilo de arte

Combinando características de movimentos artísticos distintos do início do século XX, a Art Déco influenciou com força não só a arquitetura, mas também as artes plásticas, as artes gráficas, o design de interiores, a moda e até o cinema. Com formas retas e figuras abstratas, a Art Déco até hoje influencia diferentes artistas.

Venha com a gente e conheça mais desse estilo de arte que surgiu na França dos anos 1920 e tomou conta de todo o mundo. Da sua origem aos seus principais artistas, vamos aprender mais sobre a Art Déco!

História da Art Déco: origens e evolução

Seu nome é famoso por aí, mas você sabe da onde ele surgiu? Art Déco vem do termo francês “arts décoratifs”, que em português significa “artes decorativas. Esse estilo ganhou força e começou a ser reconhecido com a Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas no ano de 1925, em Paris.

Com materiais luxuosos – como pedras preciosas e prata – e tendo o glamour e o romantismo como inspiração, a Art Déco surgiu como um estilo voltado para a burguesia do pós-guerra. Toda essa extravagância e riqueza nos detalhes tinham como objetivo, entretanto, um resultado mais clean, com formas geométricas e abstratas.

Em 1934, depois de uma exposição no Metropolitan Museum em Nova Iorque, o estilo ganhou destaque pelo mundo e passou a se aproximar da produção industrial. Com isso, o estilo deixou de ser uma exclusividade entre a burguesia e passou a fazer parte do cotidiano do povo, em acessórios, móveis e sobretudo na propaganda.

Art Déco e Art Nouveau: entendendo as diferenças

Os nomes podem soar similares, mas saiba que as características principais dos estilos da Art Déco e da Art Nouveau são bem diferentes.

A Art Déco se fundamentou em uma mistura de estilos distintos, porém com um mesmo objetivo: fazer parte do modernismo. Com pitadas de cubismo, construtivismo, futurismo e abstração geométrica, esse estilo deu seguimento às artes decorativas da Art Nouveau.

Enquanto na Art Nouveau o foco recai nas linhas assimétricas e sinuosas e nas figuras florais e vegetais, a Art Déco preza pela simplicidade das formas geométricas, da abstração e das linhas circulares e retas. Os motivos que predominam são as formas femininas e animais.

Culturas não europeias – como as artes maias, africanas e egípcias – também figuram entre as influências da Art Déco. A partir de 1934, a velocidade das máquinas e da indústria deixaram suas marcas no estilo, aliando materiais caros e extravagantes com temáticas do cotidiano.

A Art Déco em outros campos artísticos

Apesar do estilo ser frequentemente associado a um estilo de pintura ou de artes plásticas no geral, ele foi muito além, sendo representado em grande estilo nas áreas do design e da arquitetura. 

Na arquitetura, a utilização de materiais refinados em composições cheias de luxo é uma das suas características mais marcantes: ouro, jade, laca, marfim, veludo e, mais tarde, concreto e aço inox. Para ornamentar, buscava-se algo mais clean e pontual, com menos sobreposição de temas.

Os arranha-céus americanos que surgiram por volta de 1930 são ótimos exemplos de uma Art Déco mais madura e menos estilizada. Talvez você conheça os prédios do Empire State e do Chrysler Building, em Nova Iorque: imponentes, deixam qualquer um maravilhado.

Edificio Chrysler em Nova York por William Van Alen (1928–1930)
Edificio Chrysler em Nova York por William Van Alen (1928–1930)

No Brasil, esse estilo artístico também não demorou a chegar. O famoso Cristo Redentor – que começou a ser construído em 1922, mas só foi inaugurado 9 anos depois – foi projetado pelo francês Paul Landowski no melhor estilo arquitetônico da Art Déco.

No design de interiores, o estilo também é amplamente reconhecido. Com traços geométricos e linhas retas, os móveis Art Déco são fabricados sobretudo em madeira maciça, pedras e ferro. Os acabamentos são luxuosos, em tecidos e materiais mais caros. 

Principais artistas da Art Déco

Como a Art Déco é conhecida justamente por ser uma boa mistura de diferentes movimentos e estilos artísticos, seus maiores representantes também vêm de lugares e áreas bastante distintas. Vamos conhecer alguns dos artistas mais importantes desse estilo?

Na pintura, podemos destacar os nomes do expressionista alemão Ernst Ludwig Kirchner (1880 – 1938), do norte-americano Rockwell Kent (1882 – 1971) e do brasileiro Vicente do Rego Monteiro (1899 – 1970). Na ilustração, o francês George Barbier (1882 – 1932) é uma das figuras mais conhecidas.

Na arquitetura, o estadunidense William Van Alen (1883 – 1954) e o alemão Walter Gropius (1883 – 1869) são frequentemente associados às linhas limpas da Art Déco. Já no design, fazem frente ao estilo o francês René Lalique (1860 – 1945) e a artista multidisciplinar ucraniano-francesa Sonia Delaunay (1885 – 1979).

Rockwell Kent Mural no Edificio Federal William Jefferson Clinton (1938)
Rockwell Kent Mural no Edificio Federal William Jefferson Clinton (1938)

A influência da Art Déco na contemporaneidade

Por se tratar de um estilo que busca a simplicidade ao mesmo tempo em que aposta na extravagância dos materiais e dos detalhes luxuosos, a Art Déco é vista por muitos críticos como uma tendência contraditória. 

Essa contradição, entretanto, acaba se esvaindo quando olhamos para estilo com olhos mais atentos: no seu surgimento, o estilo buscava fazer uma ponte entre os gostos da burguesia e as potencialidades artísticas da modernidade, muito mais urbana e prática.

Se após a Segunda Guerra Mundial a Art Déco acabou sendo esquecida, nas últimas décadas ela voltou a figurar entre as influências para o design, a arquitetura e a arte contemporânea. Introduzida como um forte apelo vintage, ela vem sendo inserida nos detalhes: aqueles que fazem toda a diferença.

Mistura de estilos: um resultado único

Uma evolução na arquitetura, na moda e na decoração, a Art Déco mesclava elementos industriais com a opulência dos materiais nobres. Na decoração e design de interiores, os aspectos ornamentais eram tomados pelas formas geométricas e linhas mais duras. A finalidade? Uma simplicidade para lá de elaborada!

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