História da Arte

Art Nouveau: entenda melhor o estilo artístico

Art Nouveau: entenda melhor o estilo artístico

Moderna, dinâmica e quase naturalista: a Art Nouveau foi uma corrente artística onde o apelo decorativo e a negação da tradição andaram de mãos juntas para criar um estilo inovador. 

Vamos juntos conhecer mais sobre a Art Nouveau, esse movimento artístico do fim do século XIX que influenciou amplamente as artes plásticas, a arquitetura, o design e as artes decorativas? 

Estilo Art Nouveau: origem e história

Tendo surgido na Europa no final do século XIX (entre 1890 e 1910), a Art Nouveau ficou conhecida por ser um movimento artístico bastante decorativo, que tinha como principal preocupação a originalidade da forma e a exploração de diferentes materiais (como cimento, madeira, ferro e vidro).

Historicamente, aquele era um momento marcado pelo alto desenvolvimento tecnológico decorrente da Segunda Revolução Industrial. A produção em massa, a experimentação de novos produtos e materiais e a ideia de progresso afetaram profundamente a arte, resultando em estilos como a Art Nouveau.

A partir disso, esse movimento abraçou o conceito de arte como algo mais acessível ao grande público. A natureza, junto disso, tornou-se uma fonte de inspiração, o que levou a Art Nouveau a apostar em uma estética com formas mais orgânicas, assimétricas e curvas.

Esse movimento ganhou maior reconhecimento nas duas primeiras décadas do século XX para, logo então, dar espaço a outro estilo famoso que você provavelmente já ouviu falar: o Art Déco!

Características que definem a Art Nouveau

Dizer que a Art Nouveau possui uma única definição seria um erro de nossa parte. Por ter se originado em diferentes países da Europa em diferentes contextos, esse estilo é eclético na sua definição. 

Apesar disso, podemos destacar algumas características que se mostram mais gerais, como os elementos da natureza

A influência da natureza

As formas orgânicas e complexas também estavam presentes, com uma valorização de linhas simétricas e sinuosas. É aqui que a temática relacionada à natureza aparece: são flores, folhas e animais aparecendo de diferentes maneiras, inspirados no barroco e no rococó. 

O uso e a experimentação de materiais fora do comum para a arte da época é certamente uma das características que se destaca. Ferro, vidro, madeira e cimento apareciam na arquitetura, no design e nas artes plásticas da Art Nouveau. 

Mais subjetivo e simbolista, a Art Nouveau se opunha ao Romantismo e à arte clássica e acadêmica. Nesse sentido, é um movimento racional e lógico, que busca basear suas aplicações técnicas através de conhecimentos de áreas mais exatas – como a matemática e a física.

Nas artes plásticas, as cores aparecem em tonalidades mais frias e a figura feminina ganha destaque. Ao mesmo tempo que há uma preocupação com elementos decorativos de artesanato que implicam no uso de materiais mais caros, os métodos de produção em massa buscam a acessibilidade das peças.

A Art Nouveau em outros campos artísticos 

Quando pensamos em correntes artísticas, é geralmente a pintura que nos vem à cabeça como o campo onde o movimento se inicia. Com a Art Nouveau, entretanto, a coisa é um pouco diferente. Apesar de ser um movimento que também ocupou as artes plásticas, outras esferas do mundo da arte estiveram presentes com força.

No design de interiores e de produtos, na tapeçaria e na moda – em roupas, joias e acessórios –, a Art Nouveau causou impacto. Na arquitetura, materiais mais modernos como o cimento, o vidro e o ferro apareceram para compor prédios de grandes dimensões.

Com floreios e formas orgânicas – para além das flores e folhagens, também aves e labaredas –, os edifícios deste período apresentam linhas irregulares, delicadas e curvas. Vitrais e mosaicos, cacos de vidro e ladrilho: materiais não convencionais para uma arquitetura vanguardista.

Vitral de Toulouse-Lautrec, 1894
Toulouse-Lautrec, 1894

Principais expoentes da Art Nouveau

Vamos relembrar – ou conhecer – alguns dos nomes mais famosos quando o assunto é a Art Nouveau?

Na pintura e nas artes plásticas, ficaram famosos por seus traços sinuosos e seus desenhos extravagantes nomes como Antoni Gaudí (1852 – 1926), Henri de Toulouse-Lautrec (1864 – 1901) e Gustav Klimt (1862 – 1918). É deste último, inclusive, a icônica tela O Beijo, de 1908, exemplo icônico da Art Nouveau.

Na arquitetura, não faltam referências. Victor Horta (1861 – 1947) foi um arquiteto belga conhecido por disseminar o estilo ao misturar ferro e vidro em projetos que uniam de forma harmoniosa o interior e o exterior de casas e prédios. 

Antoni Gaudí (1852- 1926) – com sua Casa Milà e sua Casa Batlló – relacionava a Art Nouveau com outros estilos, como o neogótico. Explorando o espaço e os padrões para adicionar volume aos projetos, Gaudí apostava nas formas inspiradas na natureza, com assimetria e muitas curvas.

Fachada da Casa Batlló, Antoni Gaudí
Casa Batlló, Antoni Gaudí

E para dar um exemplo que escapa da pintura e da arquitetura, temos Louis Comfort Tiffany (1848 – 1933), famoso por seus vitrais, mosaicos, abajures e vasos cheios de técnica, cores e formas orgânicas.

Art Nouveau hoje: influência contemporânea

Que a Art Nouveau marcou a história da arte e da arquitetura, não há dúvidas. Considerado o movimento que uniu o historicismo com o modernismo, esse estilo artístico até hoje continua presente e relevante nas manifestações artísticas contemporâneas.

Seja para quem deseja a leveza das formas orgânicas ou para quem quer a sofisticação da mistura de materiais inusitados como o cimento e o ferro, a influência Art Nouveau consegue aliar praticidade com decoração nos projetos arquitetônicos e artísticos.

Gravura de utensílios de Alphonse Mucha, 1901
Alphonse Mucha, 1901

Inovar também é repensar o antigo!

Não importa: pode ser na pintura, na decoração de interiores ou na arquitetura, para inovar é preciso olhar com atenção para o que veio antes.

Apesar de sua curta duração, o movimento da Art Nouveau ganhou o coração da crítica e do grande público ao combinar elementos naturais com a acessibilidade da produção em massa. Para ultrapassar as barreiras do neoclassicismo e adentrar na inovação da modernidade, foi preciso pensar diferente.

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