Movimentos artísticos: tudo sobre o impressionismo

Importante marco rumo à arte moderna, o impressionismo foi um movimento artístico inovador que surgiu na França no final do século XIX, na Belle Époque. Propulsor das vanguardas europeias, teve nas artes plásticas – sobretudo na pintura – sua maior força.
Vamos descobrir mais sobre a história do impressionismo, suas características centrais e seus principais artistas? Acompanhe o texto e fique por dentro dessa corrente artística que apostou na luminosidade natural e nas pinceladas menos rígidas!
O impressionismo surgiu na Europa, mais precisamente na França, em um momento de profundas mudanças sociais e culturais conhecido mundialmente como Belle Époque. Esse período entreguerras, de 1870 a 1914, era de otimismo e progresso tecnológico.
Em meio à euforia decorrente dos avanços tecnocientíficos e da atmosfera de modernização que tinha se instaurado por toda a Europa, surge o impressionismo.
Deixando de lado as convenções artísticas formais e rígidas da academia, os pintores expressionistas se viram desobrigados a seguir a cartilha artística da época. Reproduzir a temática religiosa ou do cotidiano da realeza e fazer uma arte fiel à realidade não fazia mais sentido para os impressionistas.
Ao invés disso, seus interesses voltaram-se para objetos menos tradicionais: cenas cotidianas do homem comum retratadas com a beleza da iluminação natural que muda sua tonalidade conforme decorre o dia. Uma arte que considera, sobretudo, as impressões daquele que a produz.
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É possível pensar na corrente impressionista por meio de um agrupamento de características principais, sobretudo quando pensamos na pintura:
Quando falamos da corrente impressionista, é difícil que alguns nomes de pintores famosos não surjam na nossa mente. Abaixo, destacamos três artistas que se você ainda não conhece vai gostar de conhecer!
Considerado o pai do impressionismo, Monet produziu as primeiras telas desse movimento no verão de 1869, quando morava com Auguste Renoir em uma pequena cidade localizada perto do Sena.
Pintando ao ar livre, Claude Monet retratou sobretudo a natureza e suas cenas cotidianas. Tomando as mudanças de luz do decorrer do dia para capturar as diferenças de tonalidade, ele buscou ir contra os academicistas da época e suas regras artísticas rígidas.
Apesar de ser um artista ativo, Monet só foi reconhecido no final da sua vida. Seu objetivo era representar, através da arte, a magia do instante. Sem se apegar aos detalhes, era no conjunto da obra que via a importância do seu trabalho.
Apesar de ser visto como um dos principais nomes do impressionismo, Degas tinha um traço peculiar: se interessava especialmente pela temática do ballet. Não é à toa que recebeu um apelido: o pintor das bailarinas.
Várias de suas obras retratam o mundo do ballet, com bailarinas participando das apresentações de dança ou passando seu tempo nos bastidores. Para evocar esse universo, Degas se valeu de tons pastéis e pinceladas cheias de sutileza.
Junto de outros pintores impressionistas, Renoir foi responsável pela montagem da primeira exposição desse movimento, em abril de 1874. Produzindo intensamente durante toda a sua vida, foi reconhecido pelos críticos e teve acesso à fama ainda vivo.
Nas suas obras, destacam-se características que fogem do habitual no movimento impressionista, como a preocupação em deixar os objetos nítidos e o desenvolvimento da noção de profundidade.
Ficou interessado nas pinturas impressionistas? Então acompanhe um apanhado daquelas que mais chamam a atenção através da história da arte:
Uma das obras mais significativas do impressionismo, especula-se que é dela que deriva o nome deste movimento artístico.
A tela esteve presente em uma exposição que fracassou e, após comentários negativos dos críticos que por lá passaram, acabou ganhando destaque entre o grupo que, mais tarde, formaria o movimento impressionista.
Nesta obra, Monet retrata sua esposa Camille junto de seu filho Jean. Através das vestes de Camille e do movimento da relva, Monet tenta reproduzir a ação do vento.
Suas pinceladas são rápidas e longas, e o enquadramento dos modelos (vistos de baixo) deixa transparecer a influência direta da fotografia no movimento impressionista.
Dois barqueiros de regatas brancas ostentam seus braços nus junto de cinco garotas em uma mesa após a refeição.
Os restos de comida sobre a mesa deixam evidente a maestria de Renoir em retratar naturezas-mortas: guardanapos amassados, garrafas de vinho ainda sendo bebidas, uma fruteira e copos diversos. Apesar das pinceladas longas, o cuidado com os detalhes é evidente.
Parte de uma série de pinturas que retratam o mundo do ballet, esta obra de Degas consegue captar o movimento que cada bailarina possui na cena. Com a atenção voltada ao coreógrafo – que ocupa o centro da pintura –, as dançarinas parecem, ao mesmo tempo, concentradas no que o homem diz, mas centradas nos seus próprios gestos.
No Brasil, o impressionismo também teve suas características apresentadas por grandes nomes. O pintor Alceu Visconti (1867 – 1944) talvez seja o artista que mais incorporou as demandas desse movimento ao apontar para o modernismo enquanto rompia com estrutura artística rígida da academia clássica.
Focando nas nuances de cores e tons e tomando o devido cuidado de retratar objetos e pessoas como que iluminados pela luz natural, Visconti compartilhou desses atributos com outros artistas. Anita Malfatti, Almeida Júnior, Timótheo da Costa e Georgina de Albuquerque também merecem ser citados!
Para os artistas impressionistas, a beleza das imagens vem da simplicidade de quem é capaz de vê-las em seu estado natural. As luzes do decorrer do dia produzem tons e cores que merecem ser reproduzidas em pinturas de pinceladas que lembram manchas de tinta.
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