Movimentos artísticos

Movimentos artísticos: tudo sobre o pós-modernismo

Movimentos artísticos: tudo sobre o pós-modernismo

Arte, filosofia, arquitetura, sociologia e ciência: ninguém escapou do pós-modernismo. Marcando uma mudança singular na história, essa corrente plural veio para se afastar do modernismo e trazer uma nova forma de compreender e representar as diferenças culturais.

Vamos conhecer mais sobre esse movimento? Venha com a gente para conhecer as principais características do pós-modernismo nas artes, no design e na arquitetura!

Pós-modernismo: um panorama do movimento

Para compreendermos melhor o pós-modernismo e a sua caracterização, precisamos ficar por dentro do contexto no qual esse movimento acabou surgindo. Após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945), o mundo se encontrava absorto pela Terceira Revolução Industrial.

Nesse período, as mudanças tecnológicas influenciavam fortemente as rápidas mudanças sociais. O trabalho humano – braçal e intelectual – passou a perder espaço para as máquinas; ao mesmo tempo, o modo de organização do mundo passou a ser questionado e amplos movimentos de luta de classe se intensificaram.

Com novas tecnologias e o surgimento da internet, uma era de consumo e rapidez se instaurou. As desigualdades sociais ligadas às relações capitalistas passaram a se tornar cada vez mais acentuadas, enquanto a degradação do meio ambiente em prol do homem ficou mais evidente.

Com tantas mudanças sociais, científicas e estéticas surgiu o que hoje chamamos de pós-modernismo. Esse movimento – que engloba não apenas as artes, mas também áreas como a filosofia e a sociologia – agrupa características desse momento da história ao mesmo tempo que as questiona.

O pós-modernismo focou no individualismo, ausência de valores ou regras muito rígidas, celebração da pluralidade, liberdade de expressão, produção em série de itens culturais, hiper-realismo, combinação de estilos diferentes e uma certa tendência ao vazio existencial. A seguir vamos entender melhor as principais características do movimento.

Características do Pós-modernismo na arte

A produção em larga escala aliada às novas tecnologias da comunicação que surgiram a partir da Terceira Revolução Industrial diminuiu drasticamente as distâncias e acentuou o consumo – inclusive da arte. E como isso se refletiu no mundo artístico?

A pluralidade de culturas e sociedades ganhou espaço, fazendo do pós-modernismo um movimento diverso, onde há uma mescla de estilos e uma conexão entre o real e o imaginário. 

No mundo artístico, as características mais marcantes são a exploração da metalinguagem e do humor, o abandono dos suportes tradicionais, a utilização de tecnologias para a produção de peças de arte, a desconstrução dos valores usuais, uma arte menos hierárquica e mais fragmentada, e uma valorização da cultura do espetáculo.

Com muito ecletismo, mistura de cores e formas, a arte pós-moderna ficou conhecida por alguns críticos como antiarte. É uma forma de produção artística que preza pela experimentação e pela ousadia não só nas artes plásticas, mas também em outras áreas como a literatura.

Apesar de muitas obras de arte da pós-modernidade serem críticas e reflexivas, isso não é uma regra. A arte de massas – surgida com o final da Segunda Guerra – é produzida em alta escala e tem seu foco voltado ao consumo imediato, onde a sua fruição não alcança tempo suficiente para ser ponderada e compreendida.

Características do Pós-modernismo no design e na arquitetura

Na arquitetura e no design, a pós-modernidade também teve forte influência. Veio com força na década de 1960 e instaurou-se como uma antítese ao movimento anterior: queria questionar aspectos notadamente modernistas, como a austeridade, a formalidade e a pouca variedade arquitetônica.

Em contrapartida, o pós-modernismo na arquitetura e no design busca trabalhar com simbologias e signos que representem adequadamente os valores culturais da nossa época. As diferenças são exaltadas, enquanto a monotonia é combatida. Além disso, os contextos sociais são sempre levados em conta.

Na construção dos edifícios e na decoração dos ambientes, o pós-modernismo propõe a incorporação de materiais não usuais e elementos históricos; nas fachadas das construções, preza-se pela disrupção, apostando em fragmentações e rupturas, características pouco exploradas nos movimentos anteriores.

Da década de 1990 em diante, o movimento passou por uma divisão e surgiram diferentes tendências arquitetônicas bastante plurais como o neoclassicismo, o desconstrutivismo e o high tech. Até hoje, todas buscam opor-se ao formalismo modernista.

Principais nomes do pós-modernismo

Da mesma forma que as características do pós-modernismo prezam pela pluralidade, isso também acontece com seus principais representantes, que misturam diferentes culturas e contextos sociais em obras artísticas e arquitetônicas irreverentes.

Entre os nomes mais famosos, podemos destacar o artista de rua britânico Bansky e o grafiteiro norte-americano Jean-Michel Basquiat. Allan Kaprov, também americano, ficou conhecido por criar um conceito chamado happening, um espetáculo que combina teatro e artes visuais, com notada participação do espectador.

No Brasil, temos a artista performática Marina Abramovic, ilustre por explorar as relações e os limites entre a plateia e o artista, o corpo e a mente. Lygia Clark, por sua vez, foi uma pintora e escultora mineira que também trabalhou com diversas instalações de body art.

Arte de Banksy em muro da Alemanha
Arte de Banksy em muro da Alemanha

O legado e a relevância atual do Pós-modernismo

Para alguns teóricos, o pós-modernismo já foi superado. Para outros, continua firme e forte, mostrando toda a sua diversidade, irreverência e pluralidade nas artes plásticas, na literatura, na filosofia, na sociologia, no design e na arquitetura. 

Nesse sentido, é preciso compreender o pós-modernismo mais do que como um movimento de caráter delimitado por um período temporal. Ele é, em grande medida, uma atitude de subversão – como a maioria dos grandes movimentos de vanguarda.

Uma obra pós-moderna busca ir contra o senso comum ao apresentar como valor significativo a surpresa do inesperado, e não um estilo específico. Na contemporaneidade, isso significa fazer arte questionando o presente, repensando o passado e compreendendo que as mudanças atuais não podem ser ignoradas.

Criar sem barreiras: uma atitude pós-modernista

Se o pós-modernismo veio e já foi ou se ele continua por aí dando as caras é uma questão em disputa. O que importa é que a sua atitude contestadora e seu espírito multicultural encontraram terreno fértil não só nas artes, mas também na arquitetura e no design.

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