Movimentos artísticos

Qual o princípio da arte minimalista?

Qual o princípio da arte minimalista?

Simplicidade, objetividade e ausência de narrativa: essas são as características que norteiam a arte minimalista. Popularizado pelos artistas norte-americanos nos anos 60, esse movimento se espalhou pelo mundo e conquistou adeptos fora do universo da arte.

Se você está interessado em saber mais sobre a arte minimalista, sua história e seus princípios e, claro, seus principais representantes artísticos: esse texto é para você! 

O que é o conceito minimalista?

Antes de falarmos propriamente de arte, podemos pensar no minimalismo como um conceito mais geral, que abarca outras áreas e esferas do cotidiano. Nesse sentido, ele significa reduzir ao mínimo para voltar aquilo que é essencial

Sabe quando a gente quer desapegar de coisas, sentimentos e até pessoas para retornar nossa atenção ao que realmente importa? Sim, essas são atitudes minimalistas. Em outras palavras, o princípio do minimalismo é simplificar ao mínimo e ficar apenas com aquilo que é imprescindível.

Você sabe quando o termo mínimo foi usado pela primeira vez nesse sentido específico? Em 1965, o britânico Richard Wollheim usou essa expressão para se referir às obras de arte de forte apelo abstracionista e intelectual, que passavam por pouca produção formal, como as pinturas altamente abstratas do artista Ad Reinhardt e as obras de Duchamp.

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História da arte minimalista

A arte minimalista originou-se nos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960 como um movimento contemporâneo contrário às artes apegadas aos conceitos de ilusionismo, metáfora e subjetivismo (como a arte expressionista).

Para os artistas minimalistas – impactados pelo momento histórico do pós-guerra – era importante ser objetivo e simples, tanto no formato quanto no conteúdo. O objetivo era invocar o presente e envolver o espectador nos acontecimentos do aqui e agora

Princípios da arte minimalista

No período do pós-guerra, a industrialização transformou a vida dos americanos. E os artistas, claro, também foram afetados. Através de suas obras, deixaram a modernização e o crescente interesse científico em evidência através do potencial estético dos elementos geográficos e da simplificação dos formatos.

Entre os princípios centrais da arte minimalista, podemos destacar as seguintes características:

  • Uso de materiais industriais e inusitados, que extrapolam o usual (como aço, vidro, acrílico e plástico);
  • Utilização de cores básicas, evitando muitas variações de tonalidades;
  • Exploração das formas geométricas e das formas simples, na maioria das vezes com contornos nítidos;
  • Recusa de recursos abstracionistas e metafóricos, com enfoque na objetividade;
  • Produção de obras em série e repetição de elementos estéticos;
  • Valorização da instalação ou do ambiente onde a obra é exposta.

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Quais os principais artistas da arte minimalista?

Apesar do minimalismo ter se iniciado com mais força nos Estados Unidos, os artistas desse movimento acabaram surgindo em vários países, em diferentes períodos do mundo contemporâneo. Vamos conhecer alguns dos principais nomes?

Sol LeWitt (1928 – 2007)

LeWitt é um dos grandes nomes da arte minimalista. Iniciou seus trabalhos criando grandes estruturas compostas, basicamente, por elementos cúbicos e suas variações. 

Mais tarde, a partir da década de 70, seu foco mudou: Sol passou a criar murais pintados diretamente nas paredes das exposições, sempre focando em formas tridimensionais achatadas e cores básicas.

Robert Mangold (1937)

Dono de extensas séries artísticas, Robert Mangold trabalha com sutileza as relações entre diferentes formas geométricas. Abusando de linhas e círculos, utiliza tons monocromáticos para ressaltar suas pinturas.

Frank Stella (1936)

Pinturas e esculturas com padrões geométricos, cores vibrantes e linhas claras: assim são as obras do americano Frank Stella. Famoso na arte minimalista sobretudo pelo uso de pouquíssimos elementos visuais em suas pinturas, Stella também brincou com a criação de obras tridimensionais, cheias de curvas e formas extravagantes.

Jasper's Dilemma - Frank Stella
Jasper’s Dilemma – Frank Stella

Donald Judd (1928 – 1994)

Pintor abstracionista e artista plástico, ficou conhecido como um artista minimalista principalmente devido a suas esculturas com estética industrial e utilitária, utilizando-se de materiais não convencionais no mundo da arte. 

Brincando com padrões simétricos, as esculturas de Judd buscam ocupar os espaços e fazer disso o principal chamariz da obra de arte.

A arte minimalista no Brasil

No Brasil, a arte minimalista não teve grande desenvolvimento durante as décadas de 60 e 70. Apesar disso, existem artistas que se assemelham ao movimento por compartilharem de alguns dos seus princípios, como a volta ao básico e a objetividade do abstrato. 

Entre os nomes que podemos destacar, encontram-se Carlito Carvalhosa, Carlos Fajardo, Ana Maria Tavares, Cássio Michalany e Fábio Miguez. 

Qual a influência do minimalismo para a arte contemporânea?

Os princípios básicos minimalistas tornaram a arte contemporânea mais versátil e menos presa a narrativas e à necessidade de explicar cada característica contida nas obras. Mas essa corrente não se restringiu apenas às artes plásticas: a música, o design e a literatura também sofreram impactos desse modo simples e direto de fazer arte. 

No design, o apelo minimalista trouxe o uso de cores neutras e formas simples. Na música, poucas notas musicais buscam criar uma repetição sonora harmônica, que hipnotiza o espectador. Na literatura, os microcontos tomaram o lugar das longas descrições de cenários e personagens, culminando em narrativas econômicas e pouco adverbiais.

Além disso, o minimalismo reverberou também na vida cotidiana: tomando como base os conceitos de simplicidade e refutação do excesso, muitas pessoas passaram a repensar suas relações com o consumismo e como vivem suas vidas. Perseguir o básico e consumir de forma consciente se tornaram fios condutores para além do mundo da arte.

Repensar, diminuir e olhar para o que é essencial

Agora que falamos um pouco mais sobre a arte minimalista, certamente você deve ter reconhecido algumas das características desse movimento artístico refletidas em diferentes aspectos do seu dia a dia ou das discussões propostas nas últimas décadas, não é mesmo?

Olhar para o essencial e evitar o exagero de formas, cores e significados tem estado em voga na televisão, na moda, na organização da casa. É arte refletindo na vida e, claro, a vida influenciando a arte! 

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