Movimentos artísticos: tudo sobre a Pop Art

Qual o papel da arte? Essa pergunta de milhões move historiadores, críticos culturais e filósofos desde que o mundo é mundo. Se durante muito tempo a arte foi compreendida como uma manifestação individual de emoções dos seus criadores, no século XX isso se transforma. E a Pop Art tem tudo a ver com essa virada!
Qual é a história por trás do surgimento da Pop Art? Quais são as suas principais características e seus artistas mais importantes? Para descobrir as respostas a essas e outras questões sobre esse movimento artístico, acompanhe o nosso texto!
A Pop Art foi uma corrente artística que começou a dar seus primeiros passos na década de 50 do século passado, sobretudo na Inglaterra. Mas foi somente nos anos 60, em Nova York, que esse movimento ganhou corpo e se difundiu.
De forma geral, podemos dizer que os artistas desse grupo buscavam questionar as barreiras entre a arte e a vida vivida, a vida cotidiana. E o mais interessante foi o modo que encontraram para fazer isso: através de obras que reconheciam a sociedade como uma sociedade do consumo e das massas.
Em um período da história ocidental dominada pelas noções de produção em larga escala e fabricação em série, os artistas da Pop Art criaram obras de arte que, ao mesmo tempo, replicavam esses conceitos da época e os criticavam.
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Buscando criticar a cultura de massa e o materialismo consumista de um mundo hipnotizado pelo desenvolvimento industrial, o movimento utilizava-se de ferramentas da cultura popular do período, como campanhas publicitárias, quadrinhos, ilustrações, desenhos animados e séries de televisão.
Assim, ao mesmo tempo que criticava a cultura de massa, usava dela para se aproximar da cultura popular.
Entre as características mais marcantes deste movimento, podemos destacar as seguintes:
Ficou interessado em conhecer os principais expoentes dessa corrente artística? A seguir, descubra os artistas mais importantes desse movimento:
Ícone maior da Pop Art, Andy Warhol (1927 – 1987) ficou conhecido não só pelas suas obras de produção em série, mas também por sua personalidade extravagante e controversa.
Através sobretudo da técnica da serigrafia, retratou ídolos da cultura pop (como Marilyn Monroe e Elvis Presley) e chamou a atenção para objetos da sociedade do consumo (como as famosas latas de sopa Campbell e as garrafas de Coca-Cola).
Com obras de grande impacto visual, Roy Lichtenstein (1923 – 1997) utilizou-se das histórias em quadrinho como inspiração para suas pinturas em óleo e acrílica. Através da técnica do pontilhismo e da utilização de cores brilhantes e chapadas, criou obras recheadas de símbolos da arte comercial e publicitária, evocando os procedimentos gráficos feitos em série.
Artista da Pop Art e do Expressionismo Abstrato, Robert Rauschenberg (1925 – 2008) é famoso pela combine painting (em português, pintura combinada). Nessa técnica, as pinturas recebem objetos inusitados nas suas composições, como embalagens de produtos industrializados, garrafas de Coca-Cola e até pássaros empalhados.
Não são poucas as obras que marcaram gerações e influenciam, até hoje, a arte contemporânea. Vamos ver algumas?
Algumas semanas após a morte de Marilyn Monroe, Warhol criou sua série mais famosa: uma imagem da estrela de Hollywood, em diferentes cores e contrastes, buscava homenagear a atriz. Feita com serigrafia, uma das técnicas preferidas de Andy Warhol, continua fazendo sucesso até hoje.
As sopas em lata Campbell eram um dos alimentos mais consumidos pelos americanos na década de 60. Warhol aproveitou-se desse fato para criar uma obra que representasse, em uma reunião de 32 telas, os 32 sabores do alimento oferecidos pela empresa.
O mais inovador? Fazer de um produto de massa uma obra de arte que se tornaria um dos maiores ícones da cultura pop.
Uma das primeiras obras de arte pop de Lichtenstein, “Moça com bola” foi inspirada em um anúncio de jornal de um hotel para passar a lua de mel. O uso da mesma tinta azul tanto no cabelo da moça quanto no maiô pretende ser uma brincadeira com a utilização econômica que os tipógrafos comerciais faziam nos seus anúncios.
Inspirada nos quadrinhos da época, essa pintura de Lichtenstein apresenta uma de suas marcas para o mundo da arte: a representação arquetípica dos Estados Unidos daquele tempo, ao mesmo tempo, impessoal e sedutor.
Que esse movimento deixou um legado imenso para o mundo contemporâneo é inegável. São muitos os artistas, estilistas, diretores de cinema e até mesmo influencers que reconhecem na linguagem gráfica da Pop Art uma inspiração para criar e repensar o papel da arte e sua relação com a sociedade em que vivemos.
Peças de roupa com estampas de quadrinho. Quadros adornados de cores vibrantes e fotos estilizadas. Objetos de consumo que se tornam, pouco a pouco, objetos de arte. A Pop Art está no nosso dia a dia, basta prestarmos atenção!
Olhar para o mundo que nos rodeia, questionar-se sobre esse mundo e achar um jeito divertido de transformar isso em arte: a Pop Art fez isso. Das latas de sopa de Warhol às figuras femininas pontilhadas de Lichtenstein, não há artista contemporâneo que não se sinta tocado por esse movimento artístico.
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