6 dicas para pintar tom de pele com diferentes materiais

Assim como a natureza é diversa, a arte também é! É por isso que encontrar o tom de pele ideal na criação de uma obra de arte nem sempre é uma tarefa fácil. Para atingir aquela coloração esperada, é preciso entender os conceitos de tom e subtom e praticar na mistura de cores.

Com algumas dicas simples e práticas, esperamos te ajudar a construir o tom de pele perfeito com diferentes materiais – como aquarela, guache e lápis de cor. Venha com a gente e deixe a sua arte ainda mais profissional!

O que são tons e subtons de pele na arte

Para conseguir aquele tom de pele perfeito, é preciso mais do que misturar diferentes cores por pura intuição. Um pouco de estudo nessa hora faz toda a diferença, sobretudo quando pensamos em criar retratos mais realistas, onde qualquer detalhe faz a diferença.

É por isso que entender um pouco sobre os tons e subtons de pele pode ajudar a deixar esse processo mais técnico e, claro, mais fácil. Ao levar essas características em consideração, você consegue descobrir como misturar as cores para atingir um resultado mais parecido com aquele que você gostaria.

De forma resumida, podemos dizer que o tom de pele diz respeito à cor base da pele: clara, média ou escura. Aquela que é a cor mais “visível” quando olhamos para a pele de alguém. Quanto mais melanina, mais escura; quanto menos, mais clara. 

O subtom, por sua vez, é a cor de fundo, uma tonalidade adjacente – como uma nuance que acrescenta diferentes matizes, diferentes gradações. Geralmente definimos os subtons em quente, frio, neutro e oliva.

Peles de subtom quente possuem um fundo mais amarelado ou dourado. Peles de subtom frio são mais azuladas ou rosadas. As de tom neutro, por sua vez, têm um equilíbrio entre o quente e o frio, sem destaque para nenhum dos lados. Por último, as peles de subtom oliva possuem uma coloração entre o esverdeado e o amarelo.

Ah, é bom enfatizar que não há condição de necessidade entre o tom e o subtom. Ou seja, qualquer tom pode apresentar qualquer subtom.

Conhecendo essas diferenças dá para entender como montar uma boa paleta para cada tom de pele. Se é preciso adicionar mais ou menos amarelo, se há necessidade de dissolver mais a tinta, se a pigmentação precisa ser intensa ou se, por exemplo, é necessário apostar em alguma cor para fazer um sombreado.

Dicas gerais para pintar tom de pele 

Antes de falar sobre como construir tons de pele a partir de produtos específicos, vamos abordar alguns elementos presentes em desenhos e pinturas realistas, e que vão te ajudar bastante na hora de experimentar a coloração de peles. 

Luz e Sombra

Luz e sombra são aspectos importantes em um desenho realista, afinal, os objetos e pessoas na vida real têm 3 dimensões. Para emular esse efeito 3D na arte, é preciso trabalhar com iluminação nas áreas onde supostamente a luz toca no objeto e sombreamento onde a luz não toca. 

No caso de retratos coloridos, o tom mais claro e o mais escuro da cor que você escolheu é que farão esse papel. Por isso, quando for criar as cores para pintura de pele, é interessante pensar nas diferentes nuances e não apenas em uma tonalidade. Isso nos leva ao próximo tópico.

Degradê

O efeito causado pela iluminação nos objetos com 3 dimensões não é só de luz e sombra extremas, mas sim de um caminho que leva a tonalidade mais clara à mais escura, ou seja, o degradê. Quando for criar as cores, que tal testar as variações entre esses dois extremos? O degradê evitará que a pintura fique chapada e nada realista.

Cor base

As tonalidades para o degradê e trabalho de luz e sombra virão de uma cor base. É muito mais fácil trabalhar assim do que tentar adivinhar cada uma das nuances da cor de pele com que você pretende trabalhar.

Geralmente, conseguimos as cores base misturando quantidades iguais de diferentes pigmentos para cada tom de pele. E, a partir dele, vamos adicionando mais de um ou de outro para tornar um pouco mais clara, mais escura ou mais quente, por exemplo.

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Como fazer tom de pele com tinta aquarela 

Para criar o tom de pele com tinta aquarela, você pode partir do marrom como base e fazer misturas como experimentações até alcançar a cor desejada. No mercado, existem diferentes tonalidades de marrom para serem testadas. É interessante contar com uma mais clara, uma média e uma mais escura.

Você também pode criar os seus próprios tons de marrom misturando pequenas quantidades das cores primárias (amarelo, azul e vermelho), variando as quantidades até obter as nuances desejadas.

O marrom já apresenta diversas possibilidades para o tom da pele. Você pode controlar a intensidade diluindo em menos ou mais água para compor as nuances desde a pele negra até a pele clara.

Para peles mais claras, partindo de diferentes tons de marrom (claro, médio, escuro, mais quente), você pode testar a mistura de tons de rosa e vermelho claro, adicionando pouco a pouco essas cores e variando na quantidade de água.

Uma vantagem de trabalhar com pintura aguada é que a água ajuda a chegar a diferentes tons para o degradê, sem precisar adicionar mais tinta para atingir esse objetivo.

A regra é o teste, a experimentação. Sinta-se livre para investigar o seu material. O ideal é usar pequenas quantidades de tintas e ir adicionando as cores complementares aos poucos para evitar ter que recomeçar a mistura do zero e não desperdiçar o material.

Uma dica é, quando você chegar nas tonalidades desejadas, anotar quais foram as tintas e as quantidades para conseguir reproduzir em outro momento.

Como fazer tom de pele com tinta guache 

Trabalhando com tinta guache para construir um tom de pele negra, primeiro, você pode misturar a mesma quantidade das cores ocre e marrom-avermelhado. Essa será a base. À parte, você pode fazer uma mistura com um pouco de vermelho e amarelo, alcançando o laranja. 

Então, adicione aos poucos a segunda mistura à primeira. Em seguida, e tendo uma fotografia do objeto de pintura para comparar, se você quiser que o tom se torne mais escuro, adicione um pouco de roxo. Se quiser um tom mais quente, misture um pouco de ocre. Se quiser clarear, um pouco mais do laranja obtido inicialmente. E vai testando pouco a pouco até alcançar os tons desejados.

Para um tom de pele médio, geralmente, conta-se com pequenas quantidades de vermelho, amarelo, azul, branco, ocre e marrom-avermelhado. Primeiro, você pode obter um laranja a partir de quantidades iguais de vermelho e amarelo. Depois, adicione aos poucos o azul até alcançar uma cor levemente amarronzada. 

À parte, misture ocre e marrom-avermelhado para formar um tom oliva. Adicione pequenas partes desse novo tom à mistura inicial até chegar no tom de pele desejado. Para trabalhar com degradê, luz e sombra, tente obter diferentes nuances da base construída. É possível usar o branco para obter a cor que ficará nos pontos de luz.

Já para o tom de pele mais claro, você pode contar com as cores vermelho, amarelo, azul e branco. Ao misturar partes iguais do vermelho, amarelo e azul, você encontra uma tonalidade de marrom. À parte, combine amarelo e branco. Essa mistura pode ser adicionada aos poucos à primeira até alcançar o tom de pele mais claro. Como dito antes, é interessante produzir diferentes nuances da cor que você atingiu a fim de trabalhar o degradê.

Como fazer tom de pele com lápis de cor 

Como dito anteriormente, hoje, já existem no mercado lápis de cor especiais para tons de pele. Mas você pode trabalhar com tons convencionais como variações de bege, de rosa, de marrom e de dourado. 

Independentemente do tom de pele desejado, comece escolhendo a nuance mais escura, que fará a sombra, a mais clara, que fará a parte mais iluminada da pele, e um tom médio entre essas duas cores. 

Você pode iniciar a pintura com a cor mais clara, começando com a mão leve nas partes que terão mais luz, aumentando aos poucos a intensidade da cor à medida que segue para a área mais escura. Depois, passar para o tom médio, construindo a coloração com a mesma técnica já usada, e terminar com a coloração das sombras. 

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Conheça as paletas da Artools 

É importante lembrar que em arte as possibilidades são infinitas. Então, aqui só colocamos algumas delas. Você pode desenvolver a sua própria técnica e paletas originais, testando o seu material. 

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A diversidade que vem do tom

Nuances distintas, cores que se misturam e se transformam, tonalidades particulares: o tom de pele de cada pessoa é único e é assim que merece ser reproduzido nas obras de arte! 

Ficar ligado ao subtom, apostar nas misturas e aprender novas técnicas é a maneira mais garantida de pintar tom de pele com diferentes materiais. E para facilitar esse processo, viemos com dicas simples, práticas e úteis.

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